terça-feira, 2 de agosto de 2011

Milagre de Nossa Senhora de Lourdes mudou rumo da I Guerra Mundial


Lembrança do milagre inclui o Menino Jesus
 No domingo 14 de janeiro de 1917, o jornal católico “Le Courrier de la Manche” editado em Saint-Lô (Normandia, França) publicou matéria baseada em fontes alemãs dignas de credibilidade.

Tratou-se do testemunho de um sacerdote e de dois oficiais germânicos.

Segundo eles, Nossa Senhora apareceu no Céu acima da rota para Paris ordenando aos prussianos voltarem.

Perto de 100.000 homens a viram e o comando alemão mandou guardar segredo sob pena de fuzilamento.
O milagre aconteceu na primeira sexta-feira de setembro e na oitava da Natividade de Nossa Senhora.
Em 3 de janeiro de 1915, escreveu “Le Courrier de la Manche”:

“Um sacerdote alemão ferido e aprisionado na batalha de Marne, morreu num hospital de campanha francês onde se encontravam algumas religiosas. Ele então lhes disse:

‒ “Enquanto soldado eu deveria fazer silêncio, mas como sacerdote eu creio estar obrigado a contar o que eu vi. Durante a batalha de Marne nós ficamos surpresos até a ponto de voltar atrás, porque nós éramos muitos mais que os franceses e nós esperávamos chegar até Paris. Mas, nós vimos a Santíssima Virgem vestida inteiramente de branco com uma faixa azul que se voltava para Paris e nos dava as costas, e com a mão direita fazia o sinal de nos rechaçar. Isso eu vi, assim como grande número dos nossos também”.

A imprensa noticiou a virada, mas não o milagre.

“Nos mesmos dias, dois oficiais alemães prisioneiros como o referido sacerdote, ingressaram feridos num hospital de campanha francês da Cruz Vermelha. Foram atendidos por uma enfermeira que falava alemão. Quando eles entraram numa sala onde se encontrava uma estátua de Nossa Senhora de Lourdes, eles a olharam e disseram: “Oh! A Virgem de Marne!”

“A melhor prova da autenticidade do fato foi recolhida por uma religiosa que cuidava dos feridos em Issy-les-Moulineaux. Ela testemunhou:

‒ “Depois da batalha de Marne, entre os feridos atendidos no hospital de campanha d’Issy, havia um alemão muito gravemente ferido e que era considerado terminal. Em virtude dos cuidados que lhe foram prodigados ele sobreviveu mais um mês. Ele era católico e dava grandes mostras de sentimentos de fé.

“Todos os enfermeiros eram sacerdotes. Ele recebeu os auxílios da religião e não sabia como manifestar sua gratidão. Ele repetia freqüentemente:
‒ “Eu queria fazer uma coisa para vos agradecer”.

“Por fim, o dia que recebeu a extrema-unção, ele disse aos enfermeiros:

‒ “Os senhores me trataram com muita caridade, e eu quero fazer uma coisa pelos senhores contando uma coisa que aconteceu não a nosso favor, mas que vai ser de vosso agrado. Assim eu pagarei um pouco minha dívida.

“Se eu estivesse na frente de combate, eu seria fuzilado, pois foi dada proibição sob pena de morte de contar o que eu vou dizer agora.

“Os senhores ficaram maravilhados pelo nosso recuo tão súbito quando chegamos às portas de Paris.

“Nós não podíamos ir mais longe porque uma Virgem estava em pé diante de nós, com os braços estendidos, nos rechaçando cada vez que tínhamos ordem de avançar.

“Durante vários dias nós não soubemos se era uma das vossas santas padroeiras: Santa Genoveva ou Joana d’Arc. Depois, compreendemos que era a Santíssima Virgem que nos mantinha cravados no chão.

“No dia 8 de setembro, Ela nos empurrou para trás com tanta força, que todos fugimos como um só homem. Isto que eu vos digo, vós o ouvireis repetido mais tarde, pois fomos talvez 100.000 homens que a vimos”.

(Fonte : A. DENIZOT, Le Sacré-Coeur et la Grande Guerre, Nouvelles Éditions Latines, rue Palatine, 75006 PARIS)





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