segunda-feira, 4 de abril de 2011

OS PAPAS PEREGRINOS DE FÁTIMA

As visitas papais ao Santuário de Fátima

“Homens, sede homens!”


Paulo VI empreendeu a primeira visita de um Papa a Portugal, em Maio de 1967, no cinquentenário das aparições de Nossa Senhora aos videntes Lúcia, Francisco e Jacinta.

Dois anos antes, a 13 de Maio de 1965, este Papa havia enviado como legado Pontifício a Fátima o Cardeal Fernando Cento para este entregar ao Santuário a Rosa de Ouro, expressão de particular reconhecimento por serviços prestados à Igreja.
Em Fátima, a 13 Maio de 1967, Paulo VI anunciou-se como “peregrino humilde e confiante” e teve como intenções dominantes da sua peregrinação rezar pela “paz interior” da “Igreja una, santa, católica e apostólica” e pelo “mundo, a paz no mundo”. Da homilia da Missa do dia 13 ficou para a posteridade esta exortação: “Homens, sede homens. Homens, sede bons, sede cordatos, abri-vos à consideração do bem total no mundo. Homens, sede magnânimos”.

Um agradecimento à Mãe celeste

Após o atentado falhado de 13 de Maio de 1981, João Paulo II reteve uma convicção profunda, que testemunhou com as seguintes palavras: “Eu devo a minha vida a nossa Senhora de Fátima”. Assim, um ano após esta data, em 1982, o “Papa de Fátima”, como ficará para a história, peregrinou a este santuário mariano português.
Na noite de 12 de Maio, pela primeira vez presente na Capelinha das Aparições, João Paulo II sublinhou o motivo da sua vinda ao país, que viria a repetir na homilia do dia seguinte e em muitos outros momentos: “(…) desde que se deu o conhecido atentado na Praça de S. Pedro há um ano, ao tomar consciência, o meu pensamento voltou-se imediatamente para este santuário, para depor no coração da Mãe celeste este meu agradecimento por me ter salvo do perigo”.

13 de Maio de 1991

Dez anos depois do atentado, em 1991, o Papa peregrino regressaria a Fátima, após em 1984 ter pedido para lhe ser levada a Roma a imagem de Nossa Senhora de Fátima entronizada na Capelinha das Aparições, para a consagração do mundo à Virgem.
A 13 de Maio de 1991, em Fátima, disse João Paulo II: “De coração profundamente comovido e maravilhado diante do plano criador e salvífico de Deus para realizar a plenitude a que Ele nos chamou, Eu, Peregrino convosco dessa Nova Jerusalém, vos exorto, queridos irmãos e irmãs, a acolher a Graça e o Apelo que neste lugar se sente mais palpável e penetrante, no sentido de ajustarmos os nossos caminhos aos de Deus. Saúdo-vos a todos, amados peregrinos de Nossa Senhora de Fátima, aqui presentes física ou espiritualmente”.

A beatificação de Francisco e Jacinta Marto - 13 de Maio de 2000

“A expressão mais alta do reconhecimento de Fátima por João Paulo II deu-se a 13 de Maio de 2000, com a beatificação dos dois videntes mais novos e o anúncio da publicação da terceira parte do segredo”, considera Mons. Luciano Guerra, antigo reitor do Santuário de Fátima, em artigo publicado na “Enciclopédia de Fátima” (uma edição Principia, Maio 2007).



Nessa visita a Fátima, além da oferta da sua jóia preciosa – o anel do “Totus Tuus” (todo Teu Maria) - este Papa pediu que a imagem de Nossa Senhora fosse de novo a Roma a fim de encerrar o Ano Santo, na festa de Nossa Senhora do Rosário.

Outro singular gesto da ligação deste Papa a Fátima aconteceu quando João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima bala que o trespassara em 1981. Esta bala foi no ano de 1989 encastoada na coroa preciosa de Nossa Senhora de Fátima, que tinha sido oferecida pelas mulheres de Portugal em 1942.

Bento XVI e Fátima

O Santo Padre Bento XVI visitou Portugal de 11 a 14 de Maio de 2010. Peregrinou a Fátima no dia 12, onde chegou ao final da tarde, e de onde partiu na manhã de 14 de Maio.

Na primeira Nota Pastoral a propósito desta visita, divulgada a 6 de Outubro de 2009, a Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou que “o Santo Padre vem, essencialmente, como peregrino de Fátima, onde encontrará uma expressão viva de todas as Igrejas de Portugal. (…) Quando o Papa se faz peregrino, na qualidade de Pastor universal da Igreja, é toda a Igreja que peregrina com ele. Por isso, esta sua peregrinação reveste um grande significado pastoral, doutrinal e espiritual”.

Bento XVI pretendeu, tal como os seus antecessores, visitar este santuário para, deste lugar, peregrino entre os peregrinos, falar ao mundo.



Bento XVI em Fátima:

Exame de consciência

Prepare-se bem para a confissão

Para você fazer uma boa confissão é preciso examinar a sua consciência, com a luz do Espírito Santo, com coragem, e nada a esconder do sacerdote, que ali representa o próprio Jesus.

1 :: Amo a Deus mais do que as coisas, as pessoas, os meus programas?

Ou será que eu tenho adorado deuses falsos, como o prazer do sexo, antes ou fora do casamento, o prazer da gula, o orgulho de aparecer, a vaidade de me exibir, de querer ser "o bom", etc.?

2 :: Eu tenho, contra a lei de Deus, buscado poder, conhecimento, riquezas, soluções para meus problemas em coisas proibidas, como: horóscopos, mapa astral, leitura de cartas, búzios, tarôs, pirâmides, cristas, espiritismo, macumba, candomblé, magia negra, invocação dos mortos, leitura das mãos, etc.? Tenho cultivado superstições? Figas, amuletos, duendes, gnomos e coisas parecidas? Procuro ouvir músicas que me influenciam provocando alienação, violência, desejo de sexo, rebeldia e depravação?
3 :: Eu rezo, confio em Deus, procuro a Igreja, participo da Santa Missa nos domingos? Eu me confesso? Comungo?

4 :: Eu leio os evangelhos, a Palavra viva de Jesus, ou será que Ele é um desconhecido para mim?

5 :: Eu respeito, amo e defendo Deus, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos, as coisas sagradas, ou será que sou um blasfemador que age como um inimigo de Jesus?

6 :: Eu amo, honro, ajudo os meus pais, ou meus irmãos, a minha família? Ou será que eu sou "um problema a mais" dentro da minha casa? Eu faço os meus pais chorarem? Eu sou um filho que só sabe exigir e exigir? Eu minto e sou fingido com eles?

Vivo o mandamento: "Honrar pai e mãe"?

7 :: Como vai o meu namoro? Faço da minha garota um objeto de prazer para mim? Como um cigarro que eu fumo e jogo a "bita" fora? Ela (e) é uma "pessoa" com a qual quero conviver ou é apenas uma "coisa" para me dar prazer?

8 :: Eu vivo a vida sexual antes do casamento, fora do plano de Deus? Eu peco por pensamentos, palavras atos, quanto a esse assunto: Masturbação, revistas pornográficas, filmes, desfiles eróticos, roupas provocantes? Vivo o homossexualismo?

9 :: Eu respeito meu corpo e a minha saúde que são dons de Deus? Ou será que eu destruo o meu corpo, que é o templo do Espírito Santo, com a prostituição, com as drogas, as aventuras de alto risco, brigas, violências, provocações, etc.?

10 :: Sou honesto? Ou será que tapeio os outros? Engano meus pais? Pego dinheiro escondido deles? Será que eu roubei algo de alguém, mesmo que seja algo sem muito valor? Já devolvi?

11 :: Fiz mal para alguém? Feri alguém por palavras, pensamentos, atitudes, tapas, com armas? Neguei o meu perdão a alguém? Desejei vingança? Tenho ódio de alguém?

12 :: Eu falo mal dos outros? Vivo fofocando, destruindo a honra e o bom nome das pessoas? Sou caluniador e mexeriqueiro? Vivo julgando e condenando aos outros? Sou compassivo, paciente, manso? Sei perdoar, como Jesus manda?
13 :: Sou humilde, simples, prestativo, amigo de verdade?
14 :: Vivo a caridade, sei sofrer para ajudar a quem precisa de mim?

Partilho o que tenho com os irmãos ou sou egoísta?

15 :: Sou desapegado das coisas materiais, do dinheiro?

16 :: Sou guloso, vivo só para comer, ou como para viver?
17 :: Eu bebo sem controle? Deixo que o álcool destrua minha vida e desgrace a minha família?
18 :: Sou preguiçoso? Não trabalho direito? Deixo todas as minhas coisas jogadas e mal-arrumadas, se estragando?

19 :: Sinto raiva de alguém é não perdôo o mal que me fizeram? Desejo vingança contra alguém? Sou maldoso?
20:: Sou invejoso? Ciumento? Vivo desejando o mal para os outros?

Trecho do livro: Jovem, levanta-te

Os Principios de uma boa Confição.

Porque é que Cristo instituiu os sacramentos da Penitência?

§1421 O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos.

Porque existe um sacramento da Reconciliação depois do Batismo?
§1426 - 1425 Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.

Quando foi instituído este sacramento?

§1446 Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. E a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça”.

§1485 O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento quando, na tarde de Páscoa, se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos” (Jo 20, 22-23).

Quais os elementos essenciais do sacramento da Reconciliação?

§1440 – 1449 São dois: os atos realizados pelo homem que se converte sob a ação do Espírito Santo e a absolvição do sacerdote, que em Nome de Cristo concede o perdão e estabelece a modalidade da satisfação.

Quais são os atos do penitente?

§1491 O sacramento da Penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Um diligente exame de consciência; a contrição (ou arrependimento), que é perfeita, quando é motivada pelo amor a Deus, e imperfeita, se fundada sobre outros motivos, e que inclui o propósito de não mais pecar; a confissão, que consiste na acusação dos pecados feita diante do sacerdote; a satisfação, ou seja, o cumprimento de certos atos de penitência, que o confessor impõe ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.
Que pecados se devem confessar?

§1456 Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.
Quem é o ministro deste sacramento?
§1446 –1466 -1495 Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais, portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Quais são os efeitos deste sacramento?

§1468 Os efeitos deste sacramento “Toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade.” Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa “podem usufruir a paz e a tranqüilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual”. Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira “ressurreição espiritual”, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus (Cf. Lc 15,32).
§1449 A fórmula da absolvição em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo perdão. Ele opera a reconciliação dos pecadores pela páscoa de seu Filho e pelo dom de seu Espírito, por meio da oração e ministério da Igreja:

Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Obrigado Senhor pela Sua infinita misericórdia, criastes os Sacramentos da Ordem e da Confissão. Grande oportunidade de experimentar o perdão e voltar à amizade Contigo.