sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O Papel dos Anjos no Universo Criado

Dotados de natureza mais perfeita que a humana, esses puros espíritos foram criados para dar glória a Deus, reger o mundo material e serem potentes auxiliares dos homens, com vistas à sua salvação eterna.

Num êxtase, Santa Maria Madalena de Pazzi viu uma religiosa de sua Ordem (carmelita) ser tirada do Purgatório e levada ao Céu por seu Anjo da Guarda.

E Santa Francisca Romana viu seu Anjo da Guarda conduzir ao Purgatório, para ser purificada, uma alma a ele confiada. O espírito celeste permaneceu fora daquele local de purgação, para apresentar ao Senhor os sufrágios oferecidos por aquela alma. E, ao serem estes aceitos por Deus, essa alma era aliviada em suas penas (1).

Logo ao nascer, o homem recebe de Deus um desses angélicos guardiões, que o acompanhará durante a vida, protegendo-o e comunicando-lhe boas inspirações. Se a pessoa tiver vivido segundo a Lei de Deus, a ponto de se santificar e ir diretamente para o Céu, o Anjo da Guarda a conduzirá a esse lugar bendito. Se, de outro lado, o que é mais provável, ela precisar purificar-se no fogo do Purgatório, o Anjo conduzi-la-á depois ao Paraíso Celeste. Ou, caso contrário, se tiver rejeitado suas inspirações e bons impulsos, condenando-se para todo o sempre, abandoná-la-á às portas do Inferno.

Em nossos dias, a par do materialismo e do ateísmo reinantes em tantas almas e em incontáveis ambientes, nota-se uma salutar reação – cada vez mais intensa e generalizada – a essas chagas da civilização contemporânea.
O sentimento religioso, a crença em Deus e no destino eterno ganham sempre mais terreno, especialmente no seio da juventude atual. Um sintoma desse renascer dos valores espirituais é precisamente o interesse pelos Anjos, o aumento da devoção aos puros espíritos, bem como dos pedidos invocando sua intercessão. Embora tal revivescência, infelizmente, se manifeste em alguns casos mesclada a superstições e até manifestações de ocultismo.

Para atender a esse sadio movimento de alma, propusemo-nos hoje apresentar a nossos leitores a atualíssima e atraente temática dos Anjos.

O Anjo só passa a custodiar o novo ser depois que este sai das entranhas maternas. Isso porque, desde o momento da concepção até o do nascimento do novo ser, o Anjo da Guarda da mãe cuida também da nova criatura, assim como quem guarda uma árvore carregada de frutos, juntamente com a árvore custodia também os frutos (2).

Temos necessidade da celeste proteção angélica. Nossa alma imortal está destinada a ser, de futuro, companheira dos Anjos e ocupar a seu lado, no Céu, um dos tronos deixados vazios pela queda daqueles puros espíritos que se rebelaram contra Deus, transformando-se em demônios. Tal necessidade sobretudo provém da própria humana fraqueza para atingir esse objetivo.

Que empenho não terá o demônio para que um recém-nascido não receba as águas regeneradoras do Batismo? Muitas vezes também procura causar-nos males físicos.

"A função principal do Anjo da Guarda é iluminar-nos em relação à verdade e à boa doutrina. Mas sua proteção acarreta também muitos outros efeitos, tais como reprimir os demônios e impedir que nos sejam causados danos espirituais ou corporais". Eles "rezam por nós e oferecem nossas preces a Deus, tornando-as mais eficazes pela sua intercessão (Apoc. 8, 3; Tob. 12, 12), sugerem-nos bons pensamentos, incitando-nos a fazer o bem (At. 8, 26; 10, 3ss). Do mesmo modo, quando nos infligem penas medicinais para nos corrigir (2 Sam. 24, 16): e ¾ mais importante que tudo ¾ quando nos assistem na hora da morte, fortalecendo-nos contra os supremos assaltos do demônio" (3).

Algumas almas muito eleitas, que conservaram intacta sua inocência e candura batismal ao longo da vida, por especial privilégio de Deus tiveram a dita de ver seu Anjo da Guarda. Assim sucedeu com São Geraldo Magela, Santa Francisca Romana, Santa Gema Galgani e outros Santos. Vejamos dois exemplos:

· Santa Francisca Romana: dama romana da mais ilustre estirpe, queria fazer-se religiosa mas foi obrigada pelos pais a casar-se, tendo procurado santificar-se no estado de matrimônio. Desse casamento nasceram vários filhos. Um deles, João Evangelista, de extrema piedade, dotado do dom da profecia, faleceu angelicamente aos nove anos.

Um ano após sua morte, apareceu ele a Francisca, resplandecente de luz, acompanhado por um jovem ainda mais brilhante. Fez conhecer à mãe a glória de que gozava no Céu; e comunicou-lhe que vinha buscar sua irmãzinha Inês, de cinco anos, para colocá-la entre os Anjos. E que, por ordem de Deus, deixaria aquele Anjo para -- juntamente com seu Anjo da Guarda -- assisti-la no que lhe restava de vida terrena. Era um Anjo de categoria superior, um Arcanjo.

A partir de então, Santa Francisca via constantemente esse Arcanjo que, segundo ela, brilhava mais que o sol, de maneira que não conseguia fitá-lo. Se Francisca deixava escapar alguma palavra menos necessária, ou caso se preocupasse um pouco demais com os problemas domésticos, o Anjo desaparecia, ficando oculto até que ela se recolhesse de novo. Ele, com suas luzes, a auxiliava muitas vezes, defendendo-a contra os ataques do demônio, que constantemente a assaltava (4).

· Santa Mariana de Jesus: cognominada a Açucena de Quito, após o falecimento do pai, sendo ainda um bebê, a mãe retirava-se para uma casa de campo levando-a ao colo, no lombo de uma mula. Na passagem de um riacho de águas muito céleres, a mula tropeçou e a criança caiu dos braços maternos... No entanto, a menina predestinada ficou sustentada no ar por seu Anjo da Guarda, até que a pressurosa genitora a recolhesse (5).
Valiosos conselheiros celestes

Os Anjos da Guarda são nossos conselheiros, inspirando-nos santos desejos e bons propósitos. Evidentemente, fazem-no no interior de nossas almas, se bem que, como vimos, tenha havido almas santas que mereceram deles receber visivelmente celestiais conselhos.

Quando Santa Joana D’Arc, ainda menina, guardava seu rebanho, ouviu uma voz que a chamava: "Jeanne! Jeanne!" Quem poderia ser, naquele lugar tão ermo? Ela viu-se então envolvida numa luz brilhantíssima, no meio da qual estava um Anjo de traços nobres e aprazíveis, rodeado de outros seres angélicos que olhavam a menina com comprazimento. "Jeanne", lhe disse o Anjo, "sê boa e piedosa, ama a Deus e visita amiúde seus santuários". E desapareceu. Joana, inflamada de amor de Deus, fez então o voto de virgindade perpétua. O Anjo apareceu-lhe outras vezes para aconselhá-la, e quando a deixava, ela ficava tão triste que chorava (6).

O desvelo do nosso Anjo da Guarda para conosco está bem expresso pelo Profeta Davi no Salmo 90: "O mal não virá sobre ti, e o flagelo não se aproximará da tua tenda. Porque mandou [Deus] os seus Anjos em teu favor, que te guardem em todos os teus caminhos. Eles levar-te-ão nas suas mãos, para que o teu pé não tropece em alguma pedra" (Sl. 90, 10-12).

Inúmeros são os exemplos do poderoso auxílio dos Anjos na vida dos Santos. Santa Hildegonde, alemã (+ 1186), tendo ido em peregrinação a Jerusalém com o pai e falecendo este a caminho, foi freqüentemente socorrida por seu Anjo. Certo dia, quando viajava a caminho de Roma, foi assaltada e abandonada como morta. Pôde enfim levantar-se, e viu surgir seu Anjo num cavalo branco. Este ajudou cuidadosamente sua protegida a montar, e a conduziu até Verona. Lá, dela se despediu dizendo: "Eu serei teu defensor onde quer que vás" (7).

Santa Hildegonde poderia aplicar a si o seguinte comentário de São Bernardo ao Salmo acima citado: "Quão grande reverência, devoção e confiança devem causar em teu peito as palavras do real profeta! A reverência pela presença dos Anjos, a devoção por sua benevolência, e a confiança pela guarda que têm de ti. Veja que vivas com recato onde estão presentes os Anjos, porque Deus os mandou para que te acompanhem e assistam em todos teus caminhos; em qualquer pousada e em qualquer rincão, tem reverência e respeito ao teu anjo, e não cometas diante dele o que não ousarias fazer estando eu em tua presença" (8).

São Boaventura afirma: "O santo anjo é um fiel paraninfo conhecedor do amor recíproco existente entre Deus e a alma, e não tem inveja, porque não busca sua glória, senão a de seu Senhor". Acrescenta que a coisa mais importante e principal "é a obediência que devemos ter a nossos santos Anjos, ouvindo suas vozes interiores e saudáveis conselhos, como de tutores, curadores, mestres, guias, defensores e medianeiros nossos, assim em fugir da culpa do pecado, como no abraçar a virtude e crescer em toda perfeição e no amor santo do Senhor" (9).

Intrépidos guerreiros do Exército do Senhor

Em várias partes dos Livros Sagrados os Anjos são mencionados como sendo a Milícia Celeste. Assim, narra o Profeta Isaías ter visto que "Os Serafins ... clamavam um para o outro e diziam: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos". (Is. 6, 2-3). E, no Apocalipse, chefiados pelo Arcanjo São Miguel, travaram no Céu uma grande batalha derrotando Satanás e seus anjos rebeldes (Ap. 12, 7).

Em outras passagens aparecem eles exercendo mesmo funções bélicas. Lemos, por exemplo, no II Livro das Crônicas que, tendo Senaqueribe invadido a Judéia, mandou uma delegação a Jerusalém dissuadir seus habitantes da fidelidade ao seu rei Ezequias, blasfemando contra o Deus verdadeiro. O Rei de Judá e o Profeta Isaías puseram-se em oração implorando a proteção divina contra as tropas inimigas. "E o Senhor enviou um anjo que exterminou todo o exército do rei da Assíria no próprio acampamento, com os chefes e os generais, e o rei voltou para sua terra inteiramente confuso" (II Cron. 32, 1 a 21).

Guerreiros angélicos -- tanto no Antigo quanto no Novo Testamento -- às vezes juntam-se também aos homens contra os inimigos do Senhor. Assim, por exemplo, ajudaram Judas Macabeu numa batalha decisiva. Outras vezes auxiliaram os soldados da Cruz contra os muçulmanos, como vem narrado nas crônicas das Cruzadas.

Na Sagrada Escritura, o próprio autor dos Atos dos Apóstolos afirma: "O Senhor Deus dos exércitos freqüentemente envia também seus guerreiros para livrar seus amigos das mãos dos ímpios" (Atos 5, 18-20; 12, 1-11).

Protetores dos homens, mensageiros de Deus

No Livro de Daniel (10, 13-21), o Arcanjo São Miguel defendeu os interesses dos israelitas contra o Anjo protetor da Pérsia. No Apocalipse, São João refere-se à vitória desse Arcanjo contra o demônio e seus asseclas. Mais recentemente, lemos na autobiografia de Santo Antonio Maria Claret, que certo dia, estando ele só no coro do Mosteiro do Escorial, viu Satanás que o fitava com grande raiva e despeito, por ter frustrado algum de seus planos com relação aos estudantes. Ouviu então a voz do Arcanjo São Miguel que lhe disse: "Antonio, não temas. Eu te defenderei".

São Gabriel foi o grande mensageiro e embaixador de Deus não só na Anunciação a Nossa Senhora, mas, segundo o parecer de muitos teólogos, também junto a São Zacarias, para anunciar-lhe o nascimento de João Batista. E junto a São José, a quem apareceu três vezes em sonhos: para anunciar a concepção divina de Maria, recomendar a fuga para o Egito e o retorno daquele país, após a morte de Herodes.

A missão de São Rafael junto ao jovem Tobias é detalhadamente descrita na Bíblia. Já em tempos bem posteriores, assinalam-se também muitas de suas intervenções, como a salvação eterna do tesoureiro de um rei da Polônia, pelo fato de o protegido ter-lhe grande devoção; e o ter livrado das mãos de assaltantes um burguês de Orleans que a ele se recomendara, numa peregrinação a Santiago de Compostela (10).

Narra-se na vida da Beata Madre Humildade de Florença (+1310) que, tendo sido eleita Abadessa de seu mosteiro, além de seu Anjo da Guarda, recebeu mais um para ajudá-la no governo da comunidade. Ela compôs para suas religiosas uma singela oração, pedindo a guarda dos sentidos, prece em que se nota muito a influência do espírito de Cavalaria da época:

"Bons Anjos, meus possantes protetores: guardai todas minhas vias e vigiai cuidadosamente à porta de meu coração, de medo que eu não seja surpreendida por meus inimigos. Brandi diante de mim vosso gládio protetor! Guardai também a porta de minha boca para que nenhuma palavra inútil escape de meus lábios! Que minha língua seja como uma espada, quando for o caso de combater os vícios ou de ensinar a virtude! Fechai meus olhos com um duplo selo quando eles quiserem ver com complacência outra coisa que Jesus. Mas tende-os abertos e despertos quando for para rezar e cantar os louvores do Senhor. Vigiai também a porta de meus ouvidos, a fim de que eles repilam sempre com desgosto tudo o que vem da vaidade ou do espírito do mal. Colocai entraves a meus pés quando eles quiserem ir pecar. Mas acelerai meus passos quando se tratar de trabalhar para a gloria de Deus ou da santa Virgem Maria, ou a salvação das almas! Fazei que minhas mãos sejam sempre, como as vossas, prontas a executar as ordens de Deus. Abafai em mim o olfato do corpo, a fim de que minha alma não aspire mais que o suave perfume das flores celestes. Em uma palavra, guardai todos meus sentidos, de maneira que minha alma se deleite constantemente em Deus e com as coisas celestes. Meus Anjos bem-amados: fui colocada sob vossa guarda pelo doce Jesus; eu vos suplico que me guardeis sempre com cuidado, pelo amor dEle. Ó meus Anjos bem-amados, eu vos peço de me conduzir um dia à presença da Rainha do Céu, e de suplicar-lhe que eu seja colocada nos braços do divino Menino Jesus, seu Filho bem-amado!" (11).

Qual a natureza desses puros espíritos?

Os Anjos são seres puramente espirituais, dotados de inteligência, vontade e livre arbítrio, elevados por Deus à ordem sobrenatural, isto é, chamados pela graça a participar na vida de Deus através da visão beatífica. Muitíssimo mais perfeitos que os homens, sua inteligência é inerrante e sua vontade imensamente poderosa. Como não têm dependência nenhuma da matéria, seu conhecimento é consideravelmente mais perfeito que o do homem; para eles, ver é já conhecer. E conhecer significa compreender a coisa em toda a profundidade de que são capazes, em sua substância, e sem possibilidade de erro.

Por isso, a prova, para eles, teve conseqüência imediata e irremediável. Pois seu querer é absoluto, sem volta atrás. Aquilo que querem, desejam-no para todo o sempre. Daí o fato de, após a prova, terem passado imediatamente à eternidade do Inferno (os demônios), como à do Céu (os anjos bons).

Deus criou os Anjos para conhecê-Lo, amá-Lo, servi-Lo e proclamar suas grandezas, executar suas ordens, governar este universo e cuidar da conservação das espécies e dos indivíduos que ele contém.

"Como príncipes e governadores da grande Cidade do Bem, a que se refere todo o sistema da criação, os anjos presidem, na ordem material, ao movimento dos astros, à conservação dos elementos, e à realização de todos os fenômenos naturais que nos enchem de alegria ou de terror. Entre eles está compartilhada a administração deste vasto império. Uns cuidam dos corpos celestes, outros da terra e seus elementos, outros de suas produções, árvores, plantas, flores e frutos. A estes, está confiado o governo dos ventos e mares, dos rios e fontes; àqueles, a conservação dos animais. Não há uma criatura visível, nem grande nem pequena, que não tenha uma potência angélica encarregada de velar por ela" (12).

Algumas vezes os Anjos, quando são enviados por Deus aos homens para alguma missão, utilizam a forma humana, a fim de acomodar-se à nossa natureza. Entretanto, nesses corpos etéreos e ligeiros com os quais em geral aparecem, não estão como a alma humana está no corpo, dando-lhe vida e tornando-o capaz de operações vegetais e animais. Pelo contrário, ali estão como um operário está em sua máquina, da qual se serve para executar as obras de sua arte. Fora do horário de trabalho, não têm com elas nenhuma ligação.

"Segundo os mais doutos intérpretes, as aparições acidentais dos anjos no mundo não são mais que o prelúdio de sua aparição habitual no Céu. Assim, é provável que no Céu os anjos assumirão magníficos corpos aéreos para regozijar a vista dos eleitos e conversar com eles face a face" (13).

A maravilhosa classificação dos coros angélicos

A distinção dos Anjos em nove coros, agrupados em três hierarquias diferentes, embora não conste explicitamente da Revelação, é de crença geral. Essa distinção é feita em relação a Deus, à condução geral do mundo, ou à condução particular dos Estados, das companhias e das pessoas. (Ver quadro ao lado).

Os três coros da primeira hierarquia, vêem e glorificam a Deus, como diz a Escritura: "Vi o Senhor sentado sobre um alto e elevado trono .... Os Serafins estavam por cima do trono ... E clamavam um para o outro e diziam: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus dos exércitos" (Is. 6, 1-3). "O Senhor reina .... está sentado sobre querubins" (Sl. 98, 1).

Os três Coros inferiores aos acima enunciados estão relacionados com a conduta geral do universo.

E os três últimos Coros dizem respeito à conduta particular dos Estados, das companhias e das pessoas. (14).

Conclusão: devoção e fidelidade aos Anjos

Evidentemente, todas essas maravilhas do mundo angélico deveriam levar-nos a um profundo amor, reverência e gratidão especialmente para com nosso Anjo da Guarda, evitando tudo aquilo que possa contristá-lo, como são nossos pecados. "Como te atreverias a fazer na presença dos Anjos aquilo que não farias estando eu diante de ti?", interpela-nos o grande São Bernardo.

E deveríamos fazer tudo o que sabemos poder alegrar o Anjo da Guarda, pois só assim estaremos trabalhando efetivamente para nossa própria santificação e salvação.

A reverência a seu Anjo da Guarda levava Santo Estanislao Kostka, que o via constantemente, a este requinte de delicadeza: quando ambos deviam entrar por uma porta, ele pedia ao Anjo para passar antes. E como este, às vezes, se recusasse, insistia com ele até que cedesse (15).

Oxalá tantos e tão belos exemplos nos sirvam para reverenciar e acrescer nossa devoção a esses bem-aventurados espíritos angélicos que Deus, em sua misericórdia, concedeu-nos como guardiões, conselheiros, protetores e mensageiros – especialmente valiosos no mundo neopagão em que vivemos –, com vistas à obtenção da vida celeste!
Os 9 Coros Angélicos, agrupados em três hierarquias
· Serafins — do grego "séraph", abrasar, queimar, consumir. Assistem ante o trono de Deus* e é seu privilégio estar unidos a Deus de maneira mais íntima, nos ardores da caridade.

· Querubins — do hebreu "chérub", que São Jerônimo e Santo Agostinho interpretam como "plenitude de sabedoria e ciência". Assistem também ante o trono de Deus, e é seu privilégio ver a verdade de um modo superior a todos os outros anjos que estão abaixo deles.

· Tronos — algumas vezes são chamados "Sedes Dei", (Sedes de Deus). Também assistem ante o trono de Deus, e é sua missão assistir os anjos inferiores na proporção necessária.

· Dominações – São assim chamados porque dominam sobre todas as ordens angélicas encarregadas de executar a vontade de Deus. Distribuem aos Anjos inferiores suas funções e seus ministérios.

· Potestades — Ou "condutores da ordem sagrada", executam as grandes ações que tocam no governo universal do mundo e da Igreja, operando para isso prodígios e milagres extraordinários.

· Virtudes — cujo nome significa "força", são encarregados de tirar os obstáculos que se opõem ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da divina Providência.

· Principados — Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, às províncias, e às dioceses; são assim denominados pelo fato de sua ação ser mais extensa e universal.

· Arcanjos — são enviados por Deus em missões de maior importância junto aos homens.

· Anjos — os que têm a guarda de cada homem em particular, para o desviar do mal e o encaminhar ao bem, defendê-lo contra seus inimigos visíveis e invisíveis, e conduzi-lo ao caminho da salvação. Velam por sua vida espiritual e corporal e, a cada instante, comunicam-lhe as luzes, forças e graças que necessitam (14).
(*) "‘Assistir’ ante o trono de Deus tem dois significados: um é quando recebem Suas ordens; quando Lhe oferecem as orações, esmolas, boas obras e votos dos mortais; quando defendem contra os demônios as causas dos homens no Tribunal Supremo; quando fixam seu olhar nos raios da face divina para perceber as delicias inefáveis que constituem sua felicidade.

"Neste último sentido, todos os anjos, sem excetuar nenhum, são ‘assistentes diante de Deus’, porque todos gozam, sem interrupção, da Visão Beatífica, mesmo enquanto se ocupam do desempenho de alguma missão no governo do mundo. Mas, em outro sentido estrito, a expressão ‘assistir diante do trono de Deus’ designa os Anjos da primeira hierarquia, e que não podem ser empregados em ministérios exteriores" (cfr. Corn. A Lapide, in Tob. XII, 15; apud Mons. Gaume, Tratado del Espíritu Santo, Granada, Imp. Y Lib. Española de D. José Lopez Guevara, 1877, p. 137 ).


Plinio Maria Solimeo


Oração a nosso Anjo da Guarda
Santo Anjo do Senhor;

meu zeloso guardador,

já que a ti me confiou

a piedade divina,

sempre me rege,

guarda, governa e ilumina.

Amém

Exorcismo breve do Papa Leão XIII (1884)

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nossa proteção contra a maldade e as ciladas do demônio.

Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos;

e vós, Príncipe da milícia celeste, pela força divina, precipitai no Inferno satanás e os outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perder as almas.

Amém

Notas

1 - Cfr. Deharde, apud Pe. Ramón J. de Muñana, Verdad y Vida, Editorial El Mensajero del Corazón de Jesús, Bilbao, 1947, tomo I, p. 233.

2 - Cfr. Dr. Eduardo María Vilarrasa, La Leyenda de Oro, L. González y Compañía - Editores, 5a edição, tomo I, p. 497.

3 - Plinio Maria Solimeo, Os Santos Anjos, Nossos Celestes Protetores, Coleção Catolicismo nº 2, 1997, pp. 63, 64.

4 - Les Petits Bollandistes, Vies des Saints, d’après le Père Giry, Bloud et Barral, Libraires-Éditeurs, Paris, 1882, tomo III, p. 311.

5 - Cfr. Id., ib., tomo VI, p. 230.

6 - Cfr. Debout, Vie de Saint Jeanne D’Arc, apud Pe. Muñana, op. cit., p. 230.

7 - Cfr. Les Petits Bollandistes, t. IV, p. 529; Deharbe, apud Pe. Muñana, op. cit. p. 232.

8 - Cfr. Eduardo Vilarrasa, op. cit., p. 499.

9 - Pedro de Ribadaneira, Flos Sanctorum, apud Eduardo Vilarrasa, op. cit., p. 499.

10 - Cfr. Les Petits Bollandistes, op. cit., t. XI, pp. 501-502.

11 - Id. Ib., tomo VI, pp. 109, 110.

12 - Mons. Gaume, Tratado del Espíritu Santo, tradução espanhola de D. Joaquin Torres Asensio, Imp. Y Lib. Española de D. José Lopez de Guevara, Granada, 1877, t. 1, p. 116.

13 - Id. Ib. p. 116.

14 - Cfr. Les Petits Bollandistes, op. cit., t. XI, 501-502.

15 - Cfr. V. Agustí, Vida de San Estanislao de Kostka, p. 308, apud, Pe. Muñana, op. cit., p. 230.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Como trabalhar o apego

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Você, a castidade e o mundo pornográfico



Como é difícil viver a castidade nos dias atuais, ainda mais quando as diferentes mídias, como a TV e a Internet, se tornam tão acessíveis. Mas não só essas mídias exploram o sexual, ou por que não dizer o pornográfico em nós. Perceba que as roupas que a moda dita, os cartazes de publicidade com suas ambiguidades e tantas outras coisas sempre nos remetem ao sensual, aos prazeres carnais, afinal é do ser humano o desejo de ver e ser visto pelo olhar amoroso do outro. Mas e aí, como viver a castidade e ser santo, quando tudo a nossa volta não coopera para isso e ainda nos mostra como se fosse uma coisa normal?



O próprio Santo Agostinho disse: “Daí-me a castidade, mas não ainda, pois temia que me atendesse muito depressa e que me curasse logo a doença, que eu mais queria saciar do que extinguir.” (Confissões Cap. VII)



“Não permita que o inimigo roube sua santidade, não perca tempo com o imediatismo”

Precisamos lembrar que o nosso principal “órgão sexual” é o cérebro, e é aí que o inimigo usa suas artimanhas para nos iludir com uma promessa de felicidade e de amor. Sabemos que “tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convêm” (I Cor. 6:2) e ainda que “fomos chamados à liberdade, porém não podemos usá-la como pretexto para prazeres carnais” (Gál. 5:13).



Deus ama o pecador, mas abomina o pecado. Ele “não nos chamou para a imundice, mas para a santificação” (I Tes. 4:7), portanto, não permita que o inimigo roube sua santidade, não perca tempo com o imediatismo, no que é passageiro, mas buscai o que é eterno.



Somos “Templo Sagrado de Deus” (I Cor. 3:16) e por mais que seja difícil não nos contaminar com o “belo”, peçamos a sabedoria, o discernimento e a vontade de dizer não a esse “amor de mentira” e sim ao amor incondicional de Deus.



Keliane MM

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Maria um olhar que Cura

Quantas vezes precisamos de um Regaço Acolhedor de mãe! Mesmo quando já somos grandes e independentes e parecemos saber de tudo, não precisar de ninguém. Um dia sempre nos lembramos que fomos crianças e passamos pela nossa experiência, pela juventude, deixamos para trás os conceitos rígidos e balbuciamos a palavra que sempre vai nos sobrar nos momentos de maiores necessidades e alegrias: mamãe, mãe, mãeêêê, mainha!

Quanta paz nos traz o olhar de Maria, quanta ternura e acolhimento, não precisa dizer nada Ela ama pelo simples olhar. Olhar de Mãe, de mestra, daquela que enxerga tudo até as mínimas necessidades dos seus filhos (cf. João 2, 1-11) “Eles não tem mais vinho!”. Maria minha mãe olha pra mim. Se os nossos olhos veem as aparências o de Maria enxerga o coração. Os nossos olhos julgam e rejeitam, o olhar de Maria acolhe e compreende. A nossa visão é limitada e influenciada pelos nossos limites e pecados, a visão de Maria é clara e transparente guiada pela graça. O Olhar de Maria inspira confiança e aconchego, cura e libertação.

Neste momento todo orgulho e auto-suficiência caem por terra, e como gostaríamos de voltar a ser criança, de correr apressadamente para os braços de nossa mãe., há momentos que só estar com a minha mãe bastava, só a sua presença me tranqüilizava. E perdi a conta de quantas vezes por muitas situações, de dor, de travessura, de medo e mesmo quando apanhava ela me colocava no colo.

Quando estava no colo de minha mãe o mundo podia acabar, porto seguro, conforto, escola, e principalmente muito amor. É tudo que uma criança precisa para crescer saudável na mente, no coração e no corpo. O que fazer num dia como esse de muitas saudades do colo de mãe, não sou mais criança, não tenho minha mãe por perto ou ela já esta nos braços do Pai celeste, o que fazer?

Daí o amor misericordioso de Deus me dá de presente o Regaço Acolhedor do colo de Nossa Senhora, o aconchego do Coração Imaculado de Maria, pois mesmo que não tenha mais minha mãe, ou mesmo se ela estiver esquecido de mim Deus jamais me esquecerá, pois o meu e o seu nome estão gravados na palma de suas mãos. Jesus no ato de maior entrega e amor disse para o discípulo que ele mais amava: “Filho eis ai a tua mãe!” e disse para sua mãe: “Eis ai o teu filho!” (cf. Jo 19,26-27). E a partir daquele dia João levou Maria para sua casa.

Pensando nas milhares de crianças espalhadas pelo mundo que hoje são órfãos de mães vivas ou não. E mesmo você que esta com o coração machucado por tantas situações difíceis a resolver e o que mais queria hoje era voltar a ser criança e deitar no colo da sua mãe. Não seja por isso, faça a experiência de acomodar-se ao colo de Maria, descansar, acalmar, receber o amor que cura e liberta. Escute essa canção da Irmã Kelly Patrícia e reze, abandone-se no colo de Nossa Senhora, no Regaço Acolhedor de nossa mãe:

O homem está muito ferido, dilacerado até, pois, por muito tempo, viveu a divisão do divino e do humano em si. Viveu muito tempo privado de algo que lhe era essencial: o divino. Isto lhe trouxe uma marca acentuada e um enfraquecimento profundo. Além disso, a vida e o mundo o machucaram, é um homem ferido, amarrado, preso, entulhado, cheio de medos, inseguranças, freios, etc. que quer ser e não consegue, quer caminhar e não pode.

Nossa Senhora das Dores

O martírio da Virgem Maria é mencionado tanto na profecia de Simeão quanto no relato da paixão do Senhor. Este foi posto, diz o santo ancião sobre o menino, como um sinal de contradição, e a Maria: e uma espada transpassará tua alma (cf. Lc 2,34-35).

Verdadeiramente, ó santa Mãe, uma espada transpassou tua alma. Aliás, somente transpassando-a, penetraria na carne do Filho. De fato, visto que o teu Jesus – de todos certamente, mas especialmente teu – a lança cruel, abrindo-lhe o lado sem poupar um morto, não atingiu a alma dele, mas ela transpassou a tua alma. A alma dele já ali não estava, a tua, porém, não podia ser arrancada dali. Por isso a violência da dor penetrou em tua alma e nós te proclamamos, com justiça, mais do que mártir, porque a compaixão ultrapassou a dor da paixão corporal.

E pior que a espada, transpassando a alma, não foi aquela palavra que atingiu até a divisão entre alma e o espírito: Mulher, eis aí teu filho? (Jo 19,26). Oh! Que troca incrível! João, Mãe, te é entregue em vez de Jesus, o servo em lugar do Senhor, o discípulo pelo Mestre, o filho de Zebedeu pelo Filho de Deus, o puro homem, em vez do Deus verdadeiro. Como ouvir isso deixaria de transpassar tua alma tão afetuosa, se até a sua lembrança nos corta os corações, tão de pedra, tão de ferro?
Não vos admireis, irmãos, que se diga ter Maria sido mártir na alma. Poderia espantar-se quem não se recordasse do que Paulo afirmou que entre os maiores crimes dos gentios estava o de serem sem afeição. Muito longe do coração de Maria tudo isto; esteja também longe de seus servos.

Talvez haja quem pergunte: “Mas não sabia ela de antemão que iria ele morrer?” sem dúvida alguma. “E não esperava que logo ressuscitaria?” Com toda a confiança. “E mesmo assim sofreu com o crucificado?” Com toda a veemência. Aliás, tu quem és ou donde tua sabedoria, para te admirares mais de Maria que compadecia, do que do Filho de Maria a padecer? Ele pôde morrer no corpo; não podia ela morrer juntamente no coração? É obra da caridade: ninguém a teve maior! Obra de caridade também isto: depois dela nunca houve igual.

Dos sermões de São Bernardo, abade. Liturgia das Horas

Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egito (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus para o Calvário (João 19,12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.). Clique em Santo do Dia e saiba mais sobre essa devoção.



Diante da Virgem Maria aos pés da Cruz, tanta dor e tanto sofrimento, mas tanta fortaleza e fé, que neste momento Jesus Crucificado não poderia dar maior presente aos seus discípulos e a toda humanidade representada ali por João o discípulo amado. Maria conhece as dores do nosso coração, por isso, depositemos em seu coração transpassado os nossos pedidos e suplicas confiantes que tudo que pedirmos a Mãe o Filho atende:



Terço das Dores de Nossa Senhora



Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Nós vos louvamos Senhor, e vos bendizemos!

Porque associastes a Virgem Maria à obra da salvação.

Nós contemplamos vossas Dores, ó Mãe de Deus!

E vos seguimos no caminho da fé!



Primeira Dor – Profecia de Simeão: Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser ocasião de queda e elevação de muitos em Israel e sinal de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma (Lc 2,34-35). 1 Pai Nosso; Ave Maria.



Segunda Dor – Fuga para o Egito: O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14). 1 Pai Nosso; Ave Maria.



Terceira Dor – Maria procura Jesus em Jerusalém: Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele (Lc 2,43b-45). 1 Pai Nosso; Ave Maria.



Quarta Dor – Jesus encontra a Sua Mãe no caminho do Calvário: Ao conduzir Jesus, lançaram mão de certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam (Lc 23,26-27). 1 Pai Nosso; Ave Maria.



Quinta Dor – Maria ao pé da Cruz de Jesus: Junto à cruz de Jesus estava de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! (Jo 19,15-27a). 1 Pai Nosso; Ave Maria.



Sexta Dor – Maria recebe Jesus descido da Cruz: Chegada à tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42). 1 Pai Nosso; Ave Maria.



Sétima Dor – Maria deposita Jesus no Sepulcro: Os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus (Jo 19,40-42a). 1 Pai Nosso; Ave Maria.

As frases de Pe. Pio

“Diante de Deus ajoelhe-se sempre.” (Padre Pio)




“Seja perseverante nas orações e nas santas leituras.” (Padre Pio)
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"Até o Purgatório se torna suave se aprendemos a sofrer por amor!" (Padre Pio de Pietrelcina)

- “Dirás tu o mais belo dos credos quando houver noite em redor de ti, na hora do sacrifício, na dor, no supremo esforço duma vontade inquebrantável para o bem. Este credo é como um relâmpago que rasga a escuridão de teu espírito e no seu brilho te eleva a Deus”.(Padre Pio)



- “Menosprezai vossas tentações e não vos demoreis nelas. Imaginai estar na presença de Jesus. O crucificado se lança em vossos braços e mora no vosso coração. Beijai-Lhe a chaga do lado, dizendo: ‘Aqui está minha esperança; a fonte viva da minha felicidade. Seguro-vos, ó Jesus, e não me aparto de vós, até que me tenhais posto a salvo’”.(Padre Pio)



- “O amor é a rainha das virtudes. Como as pérolas se ligam por um fio, assim as virtudes, pelo amor. Fogem as pérolas quando se rompe o fio. Assim também as virtudes se desfazem afastando-se o amor”.(Padre Pio)



- “É preciso amar, amar e nada mais”.(Padre Pio)



- “Quando Jesus vem a nós na santa comunhão, encontra alegria em Sua criatura. Por nossa parte, procuremos Nele a nossa alegria.” (Padre Pio)



- “O santo silêncio nos permite ouvir mais claramente a voz de Deus”.(Padre Pio)



- “Quando te encontrares diante de Deus, na oração considera-te banhado na luz da verdade, fala-lhe se puderes, deixa simplesmente que te veja e não tenhas

preocupação alguma”.(Padre Pio)



- “Quanto mais te deixares enraizar na santa humildade, tanto mais íntima será a comunicação da tua alma com Deus”.(Padre Pio)



- “Resigna-te a ser neste momento uma pequena abelha. E enquanto esperas ser uma grande abelha, ágil, hábil, capaz de fabricar bom mel, humilha-te com muito amor perante Deus e os homens, pois Deus fala aos que se mantêm diante dele humildemente”.(Padre Pio)



- “Uma só coisa é necessária: estar perto de Jesus”.(Padre Pio)



- “As almas não são oferecidas como dom; compram-se. Vós ignorais quanto custaram a Jesus. É sempre com a mesma moeda que é preciso pagá-las”.(Padre Pio)



- “Imitemos o coração de Jesus, especialmente na dor, e assim nos conformaremos cada vez mais e mais com este coração divino para que, um dia, lá em cima no Céu, também nós possamos glorificar o Pai celeste ao lado daquele que tanto sofreu”.(Padre Pio)



- “O verdadeiro servo de Deus é aquele que usa a caridade para com seu próximo, que está decidido a fazer a vontade de Deus a todo custo, que vive em profunda humildade e simplicidade”.(Padre Pio)



- “O trabalho é tão sagrado como a oração”.(Padre Pio)



- “A maior alegria de um pai é que os filhos se amem, formem um só coração e uma só alma. Não fostes vós que me escolhestes, mas o pai celeste que, na minha primeira

missa, me fez ver todos os filhos que me confiava”.(P.e Pio)



- “Rezai e continuai a rezar para não ficardes entorpecidos”.(Padre Pio)



- “As almas! As almas! Se alguém soubesse o preço que custam”.(Padre Pio)



- “O homem sem Deus é um ser mutilado”.(Padre Pio)



- “Deus nunca me recusou um pedido”.(Padre Pio)



O sábio elogia a mulher forte dizendo: os seu dedos manejaram o fuso. A roca é o alvo dos seus desejos. Fie, portanto, cada dia um pouco. Puxe fio a fio até a

execução e, infalivelmente, você chegará ao fim. Mas não tenha pressa, pois senão você poderá misturar o fio com os nós e embaraçar tudo.” (Padre Pio)



“O temor e a confiança devem dar as mãos e proceder como irmãos. Se nos damos conta de que temos muito temor devemos recorrer à confiança. Se confiamos excessivamente devemos ter um pouco de temor”. (Padre Pio)



Como distinguir uma tentação de um pecado e como estar certo de que não se pecou? – perguntou um penitente. Padre Pio sorriu e respondeu: “Como se distingue um burro de um homem? O burro tem de ser conduzido; o homem conduz a si mesmo!” (Padre Pio)



“O Senhor se comunica conosco à medida que nos libertamos do nosso apego aos sentidos, que sacrificamos nossa vontade própria e que edificamos nossa vida na humildade.” (Padre Pio)



“Deus é servido apenas quando é servido de acordo com a Sua vontade.” (Padre Pio)



“Tenhamos sempre horror ao pecado mortal e nunca deixemos de caminhar na estrada da santa eternidade.” (Padre Pio)



“Que Nossa Senhora nos obtenha o amor à cruz, aos sofrimentos e às dores.” (Padre Pio)



“O Senhor sempre orienta e chama; mas não se quer segui-lo e responder-lhe, pois só se vê os próprios interesses. Às vezes, pelo fato de se ouvir sempre a Sua voz, ninguém mais se apercebe dela; mas o Senhor ilumina e chama. São os homens que se colocam na posição de não conseguir mais escutar.” (Padre Pio)



Por que a tentação passada deixa na alma uma certa perturbação? perguntou um penitente a Padre Pio. Ele respondeu: “Você já presenciou um tremor de terra? Quando tudo estremece a sua volta, você também é sacudido; no entanto, não necessariamente fica enterrado nos destroços!” (Padre Pio)



“Como é belo esperar!” (Padre Pio)



“Para mim, Deus está sempre fixo na minha mente e estampado no meu coração.” (Padre Pio)



“Ouço interiormente uma voz que constantemente me diz: Santifique-se e santifique!”

(Padre Pio)



“Subamos sem nos cansarmos, sob a celeste vista do Salvador. Distanciemo-nos das

afeições terrenas. Despojemo-nos do homem velho e vistamo-nos do homem novo.

Aspiremos à felicidade que nos está reservada.” (Padre Pio)



“Mesmo a menor transgressão às leis de Deus será levada em conta.” (Padre Pio



Deus ama quem segue o caminho da virtude.” (Padre Pio)

“Comunguemos com santo temor e com grande amor.” (Padre Pio)



“Nossa Senhora recebeu pela inefável bondade de Jesus a força de suportar até o fim as provações do seu amor. Que você também possa encontrar a força de perseverar com o Senhor até o Calvário!” (Padre Pio)



Tente percorrer com toda a simplicidade o caminho de Nosso Senhor e não se aflija inutilmente.”(P.e Pio)



“O medo excessivo nos faz agir sem amor, mas a confiança excessiva não nos deixa considerar o perigo que vamos enfrentar”. (Padre Pio)



“Onde não há obediência, não há virtude. Onde não há virtude, não há bem, não há amor; e onde não há amor, não há Deus; e sem Deus não se chega ao Paraíso. Tudo isso é como uma escada: se faltar um degrau, caímos”. (Padre Pio)



“Desapegue-se daquilo que não é de Deus e não leva a Deus”. (Padre Pio)



“Que Nossa Senhora aumente a graça em você e a faça digna do Paraíso”. (Padre Pio)



“Nas tribulações é necessário ter fé em Deus.” (Padre Pio)



“O Santo Rosário é a arma daqueles que querem vencer todas as batalhas.” (Padre Pio)



“Queira o dulcíssimo Jesus conservar-nos na Sua graça e dar-nos a felicidade de

sermos admitidos, quando Ele quiser, no eterno convívio…” (Padre Pio)



“Quanto mais se caminha na vida espiritual, mais se sente a paz que se apossa de nós.” (Padre Pio)



“Que Jesus o aperte sempre mais ao Seu divino coração. Que Ele o alivie no sofrimento e lhe dê o abraço final no Paraíso.” (Padre Pio)



“O bem dura eternamente.” (Padre Pio)



“Deve-se caminhar em nuvens cada vez que se termina uma confissão!” (Padre Pio)



“Lembre-se de que você tem no Céu não somente um pai, mas também uma Mãe”. (Padre Pio)



“O amor nada mais é do que o brilho de Deus nos homens”. (Padre Pio)



“O passado não conta mais para o Senhor. O que conta é o presente e estar atento e pronto para reparar o que foi feito.” (Padre Pio)



“Se você fala das próprias virtudes para se exibir ou para vã ostentação perde todo o mérito.” (Padre Pio)



“De todos os que vierem pedir meu auxílio, nunca perderei nenhum!” (Padre Pio)



O Pai celeste está sempre disposto a contentá-lo em tudo o que for para o seu bem”. (Padre Pio)



“Um filho espiritual perguntou a Padre Pio: Como posso recuperar o tempo perdido?

Padre Pio respondeu-lhe “Multiplique suas boas obras!” (Padre Pio)



“Diga ao Senhor: Faça em mim segundo a Tua vontade, mas antes de mandar-me o sofrimento, dê-me forças para que eu possa sofrer com amor.”. (Padre Pio)



“A cada vitória sobre o pecado corresponde um grau de glória eterna”. (Padre Pio)



“Feliz a alma que atinge o nível de perfeição que Deus deseja!” (Padre Pio)



“Proponha-se a exercitar-se nas virtudes”. (Padre Pio)



“A sua casa deve ser uma escada para o Céu”. (Padre Pio)



“Quem te agita e te atormenta é o demônio.Quem te consola é Deus”! (Padre Pio)



“De que vale perder-se em vãos temores?” (Padre Pio)



“Agradeça sempre ao Pai eterno por sua infinita misericórdia”. (Padre Pio)



“Pense na felicidade que está reservada para nós no Paraíso”. (Padre Pio)



“É loucura fixar o olhar no que rapidamente passa”. (Padre Pio)



“Amar significa dar aos outros – especialmente a quem precisa e a quem sofre – o que de melhor temos em nós mesmos e de nós mesmos; e de dá-lo sorridentes e felizes, renunciando ao nosso egoísmo, à nossa alegria, ao nosso prazer e ao nosso orgulho”.

(Padre Pio)



“Seja paciente e espere com confiança o tempo do Senhor”. (Padre Pio)



“Invoquemos sempre o auxílio de Nossa Senhora.” (Padre Pio)



“No juízo final daremos contas a Deus até de uma palavra inútil que tenhamos dito.” (Padre Pio)



“Para consolar uma alma na sua dor, mostre todo o bem que ela ainda pode fazer”. (Padre Pio)



“Apóie-se, como faz Nossa Senhora, à cruz de Jesus e nunca lhe faltará conforto”. (Padre Pio)



“Se precisamos ter paciência para suportar os defeitos dos outros, quanto mais ainda

precisamos para tolerar nossos próprios defeitos!” (Padre Pio)



“Enquanto estivermos vivos sempre seremos tentados. A vida é uma contínua luta. Se

às vezes há uma trégua é para respirarmos um pouco.” (Padre Pio)



“Que Maria sempre enfeite sua alma com as flores e o perfume de novas virtudes e coloque a mão materna sobre sua cabeça. Fique sempre e cada vez mais perto de nossa Mãe celeste, pois ela é o mar que deve ser atravessado para se atingir as praias do

esplendor eterno no reino do amanhecer.” (Padre Pio)



“Meu Deus, perdoa-me. Nunca Te ofereci nada na minha vida e, agora, por este pouco que estou sofrendo, em comparação a tudo o que Tu sofreste na Cruz, eu reclamo injustamente!” (Padre Pio)



“Os talentos de que fala o Evangelho são os cinco sentidos, a inteligência e a vontade. Quem tem mais talentos, tem maior dever de usá-los para o bem dos outros.” (Padre Pio)



“Pobres e desafortunadas as almas que se envolvem no turbilhão de preocupações deste mundo. Quanto mais amam o mundo, mais suas paixões crescem, mais queimam de desejos, mais se tornam incapazes de atingir seus objetivos. E vêm, então, as inquietações,

as impaciências e terríveis sofrimentos profundos, pois seus corações não palpitam com a caridade e o amor. Rezemos por essas almas desafortunadas e miseráveis, para que Jesus, em Sua infinita misericórdia, possa perdoá-las e conduzi-las a Ele.”

(Padre Pio)



“Um dia você verá surgir o infalível triunfo da justiça Divina sobre a injustiça humana”. (Padre Pio)



“Há duas razões principais para se orar com muita satisfação: primeiro para render a Deus a honra e a glória que Lhe são devidas. Segundo, para falar com

Ele e ouvir a Sua voz por meio das Suas inspirações e iluminações interiores.” (Padre Pio)



“O meu passado, Senhor, à Tua misericórdia. O meu Presente, ao Teu amor. O meu futuro, à Tua Providência.” (Padre Pio)



“O passado não conta mais para o Senhor. O que conta é o presente e estar atento e pronto para reparar o que foi feito.” (Padre Pio)



“Quando fizer o bem, esqueça. Se fizer o mal, pense no que fez e se arrependa.” (Padre Pio)



“Se quiser me encontrar, vá visitar Jesus Sacramentado; eu também estou sempre lá.”

(Padre Pio)



“Pense em Jesus flagelado por amor a você, e ofereça com generosidade um sacrifício

a Ele”. (Padre Pio)



“Devemos odiar os nossos pecados, visto que o amor ao Senhor significa paz”. (Padre Pio)



“Mesmo quando perdemos a consciência deste mundo, quando parecemos já mortos, Deus

nos dá ainda uma chance de entender o que é realmente o pecado, antes de nos julgar. E se entendemos corretamente, como podemos não nos arrepender?” (Padre Pio)



“Temos muita facilidade para pedir, mas não para agradecer”. (Padre Pio)



“Peçamos a São José o dom da perseverança até o final”. (Padre Pio)



“Padre, eu não acredito no inferno – falou um penitente. Padre Pio disse: Acreditará quando for para lá?” (Padre Pio)



O maldito “eu” o mantém apegado à Terra e o impede de voar para Jesus. (Padre Pio)



“O mais belo Credo é o que se pronuncia no escuro, no sacrifício, com esforço”. (Padre Pio)



“E’ na dor que o amor se torna mais forte.” (Padre Pio)



“Padre Pio disse a um filho espiritual: Trabalhe! Ele perguntou: No que devo trabalhar, Padre? Ele respondeu: Em amar sempre mais a Jesus!” (Padre Pio)



“O demônio é forte com quem o teme, mas é fraquíssimo com quem o despreza.” (Padre Pio)



“Quando ofendemos a justiça de Deus, apelamos à Sua misericórdia. Mas se ofendemos a Sua misericórdia, a quem podemos apelar? Ofender o Pai que nos ama e insultar quem nos auxilia é um pecado pelo qual seremos severamente julgados.” (Padre Pio)



“A sua função é tirar e transportar as pedras, e arrancar os espinhos. Jesus é quem semeia, planta, cultiva e rega. Mas seu trabalho também é obra de Jesus. Sem Ele você nada pode fazer.” (Padre Pio)



Jesus lhe quer bem, da maneira que só Ele sabe amar.” (Padre Pio)



“A sua função é tirar e transportar as pedras, e arrancar os espinhos. Jesus é quem semeia, planta, cultiva e rega. Mas seu trabalho também é obra de Jesus. Sem Ele você nada pode fazer.” (Padre Pio)



“Amemos ao próximo. Custa tão pouco querer bem ao outro.” (Padre Pio)



“Deus sempre nos dá o que é melhor para nós.” (Padre Pio)



A humildade e a caridade são as “cordas mestras”. Todas as outras virtudes dependem delas. Uma é a mais baixa; a outra é a mais alta. ( P.e Pio )



A firmeza de todo o edifício depende da fundação e do teto! (Padre Pio)



“O grau sublime da humildade é não só reconhecer a abnegação, mas amá-la.” (Padre Pio)



“Você deve ter sempre prudência e amor. A prudência tem olhos; o amor tem pernas. O amor, como tem pernas, gostaria de correr a Deus. Mas seu impulso de deslanchar na direção dEle é cego e, algumas vezes, pode tropeçar se não for guiado pela

prudência, que tem olhos.” (Padre Pio)



“Jesus e a sua alma devem cultivar a vinha de comum acordo.” (Padre Pio



“Façamos o bem, enquanto temos tempo à nossa disposição. Assim, daremos glória ao nosso Pai celeste, santificaremos nós mesmos e daremos bom exemplo aos outros.” (Padre Pio)



“Seja paciente nas aflições que o Senhor lhe manda.” (Padre Pio)



“Viva sempre sob o olhar do Bom Pastor e você ficara’ imune aos pastos contaminados.” (Padre Pio)



“Lembre-se de que os santos foram sempre criticados pelas pessoas deste mundo, e puseram sob seus pés o mundo e as suas máximas .” (Padre Pio)



“Esforce-se, mesmo se for um pouco, mas sempre…” (Padre Pio)



“Todas as pessoas que escolhem a melhor parte (viver em Cristo) devem passar pelas dores de Cristo; algumas mais, algumas menos…” (Padre Pio)



“Que Jesus o mergulhe no esplendor da Sua imortal juventude.” (Padre Pio)



“Quanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo.”(Pe Pio)



“Para que se preocupar com o caminho pelo qual Jesus quer que você chegue à pátria celeste – pelo deserto ou pelo campo – quando tanto por um como por outro se chegará da mesma forma à beatitude eterna?” (Padre Pio)



“Para consolar uma alma na sua dor, mostre-lhe todo o bem que ela ainda pode fazer.” (Padre Pio)



“A caridade é o metro com o qual o Senhor nos julgará.” (Padre Pio)



“Nossa Senhora recebeu pela inefável bondade de Jesus a força de suportar até o fim as provações do seu amor. Que você também possa encontrar a força de perseverar com o Senhor até o Calvário!” (Padre Pio)



“Deus não opera prodígios onde não há fé.” (Padre Pio)



“Seja modesto no olhar.” (Padre Pio)



“Para mim, Deus está sempre fixo na minha mente e estampado no meu coração.” (Padre Pio)



“Como é belo esperar!” (Padre Pio)



Por que a tentação passada deixa na alma uma certa perturbação? perguntou um penitente a Padre Pio. Ele respondeu: “Você já presenciou um tremor de terra? Quando tudo estremece a sua volta, você também é sacudido; no entanto, não necessariamente

fica enterrado nos destroços!” (Padre Pio)



“O Senhor sempre orienta e chama; mas não se quer segui-lo e responder-lhe, pois só se vê os próprios interesses. Às vezes, pelo fato de se ouvir sempre a Sua voz, ninguém mais se apercebe dela; mas o Senhor ilumina e chama. São os homens que se

colocam na posição de não conseguir mais escutar.” (Padre Pio)



“Que Nossa Senhora nos obtenha o amor à cruz, aos sofrimentos e às dores.” (Padre Pio)



“Tenhamos sempre horror ao pecado mortal e nunca deixemos de caminhar na estrada da santa eternidade.” (Padre Pio)



“Deus é servido apenas quando é servido de acordo com a Sua vontade.”(Padre Pio)



“O Senhor se comunica conosco à medida que nos libertamos do nosso apego aos sentidos, que sacrificamos nossa vontade própria e que edificamos nossa vida na humildade.” (Padre Pio)



“Não nos preocupemos quando Deus põe à prova a nossa fidelidade. Confiemo-nos à Sua vontade; é o que podemos fazer. Deus nos libertará, consolará e enorajará.” (Padre Pio)



“O temor e a confiança devem dar as mãos e proceder como irmãos. Se nos damos conta

de que temos muito temor devemos recorrer à confiança. Se confiamos excessivamente

devemos ter um pouco de temor”. (Padre Pio)



“O sábio elogia a mulher forte dizendo: os seu dedos manejaram o fuso. A roca é o alvo dos seus desejos. Fie, portanto, cada dia um pouco. Puxe fio a fio até a

execução e, infalivelmente, você chegará ao fim. Mas não tenha pressa, pois senão você poderá misturar o fio com os nós e embaraçar tudo.” (Padre Pio)



“A caridade é o metro com o qual o Senhor nos julgará.” (Padre Pio)



“Para consolar uma alma na sua dor, mostre-lhe todo o bem que ela ainda pode fazer.” (Padre Pio)



“Para que se preocupar com o caminho pelo qual Jesus quer que você chegue à pátria celeste – pelo deserto ou pelo campo – quando tanto por um como por outro se chegará da mesma forma à beatitude eterna?” (Padre Pio)



“Quanto maiores forem os dons, maior deve ser sua humildade, lembrando de que tudo lhe foi dado como empréstimo.” (Padre Pio)



“Comunguemos com santo temor e com grande amor.” (Padre Pio)



“Tente percorrer com toda a simplicidade o caminho de Nosso Senhor e não se aflija inutilmente.” (Padre Pio)



“Deus ama quem segue o caminho da virtude.” (Padre Pio)



“Mesmo a menor transgressão às leis de Deus será levada em conta.” (Padre Pio)



“Subamos sem nos cansarmos, sob a celeste vista do Salvador. Distanciemo-nos das afeições terrenas. Despojemo-nos do homem velho e vistamo-nos do homem novo. Aspiremos à felicidade que nos está reservada.” (Padre Pio)



“Caminhe com alegria e com o coração o mais sincero e aberto que puder. E quando não conseguir manter esta santa alegria, ao menos não perca nunca o valor e a confiança

em Deus.” (Padre Pio)



“Ouço interiormente uma voz que constantemente me diz: Santifique-se e santifique!” (Padre Pio)



“Que Nossa Mãe do Céu tenha piedade de nós e com um olhar maternal levante-nos, purifique-nos e eleve-nos a Deus.” (Padre Pio)



“Não há nada mais inaceitável do que uma mulher caprichosa, frívola e arrogante, especialmente se é casada. Uma esposa cristã deve ser uma mulher de profunda piedade em relação a Deus, um anjo de paz na família, digna e agradável em relação ao próximo.” (Padre Pio)



“Nossa Senhora está sempre pronta a nos socorrer, mas por acaso o mundo a escuta e se emenda?” (Padre Pio)



“Seja grato e beije docemente a mão de Deus. É sempre a mão de um pai que pune porque lhe quer bem” (Padre Pio)



“Você teme um homem,um pobre instrumento nas mãos de Deus, mas não teme a justiça divina?” (Padre Pio)



Uma filha espiritual perguntou a Padre Pio: “O Senhor cura tantas pessoas, por que não cura esta sua filha espiritual?” Padre Pio respondeu-lhe em voz baixa: “E não nos oferecemos a Deus?”



“A divina bondade não só não rejeita as almas arrependidas, como também vai em busca das almas teimosas”. (Padre Pio)



“Pode-se manter a paz de espírito mesmo no meio das tempestades da vida”. (Padre Pio)



“Caminhe sempre e somente no bem e dê, cada dia, um passo à frente na linha vertical, de baixo para cima.” (Padre Pio)



“A oração é a efusão de nosso coração no de Deus.” (Padre Pio)



“Nunca vá se deitar sem antes examinar a sua consciência sobre o dia que passou. Enderece todos os seus pensamentos a Deus, consagre-lhe todo o seu ser e também todos os seus irmãos. Ofereça à glória de Deus o repouso que você vai iniciar e não

esqueça do seu Anjo da Guarda que está sempre com você.” (Padre Pio)



“A meditação não é um meio para chegar a Deus, mas um fim. A finalidade da meditação é o amor a Deus e ao próximo.” (Padre Pio)



“Viva feliz. Sirva ao Senhor alegremente e com o espírito despreocupado.” (Padre Pio)



“Mantenha-se sempre muito unido à Igreja Católica, pois somente ela pode lhe dar a verdadeira paz, porque somente ela possui Jesus Sacramentado que é o verdadeiro príncipe da paz.” (Padre Pio)



“Não desperdice suas energias em coisas que geram preocupação, perturbação e ansiedade. Uma coisa somente é necessária: elevar o espírito e amar a Deus.” (Padre Pio)



“Procuremos servir ao Senhor com todo o coração e com toda a vontade. Ele nos dará sempre mais do que merecemos.” (Padre Pio)



“Que Jesus reine sempre soberano no seu coração e o faça cada vez mais digno de seus divinos dons.” (Padre Pio)



“O demônio é forte com quem o teme, mas é fraco com quem o despreza.” (Padre Pio)



“Reflita no que escreve, pois o Senhor vai lhe pedir contas disso.” (Padre Pio)



“O Coração de Jesus não deixará cair no vazio a nossa oração se ela for plena de fé e de confiança.” (Padre Pio)



“A pessoa que nunca medita é como alguém que nunca se olha no espelho e, assim, não se cuida e sai desarrumada. A pessoa que medita e dirige seus pensamentos a Deus, que é o espelho de sua alma, procura conhecer seus defeitos, tenta corrigi-los,

modera seus impulsos e põe em ordem sua consciência.” (Padre Pio)



“É sempre necessário ir para a frente, nunca para trás, na vida espiritual. O barco que pára em vez de ir adiante é empurrado para trás pelo vento.” (Padre Pio)



“Não sejamos mesquinhos com Deus que tanto nos enriquece.” (Padre Pio)



“O amor tudo esquece, tudo perdoa, sem reservas.” (Padre Pio)



“Na igreja se fala somente com Deus.” (Padre Pio)



“Não se fixe voluntariamente naquilo que o inimigo da alma lhe apresenta.” (Padre Pio)



“Reze pelos infiéis, pelos fervorosos, pelo Papa e por todas as necessidades espirituais e temporais da Santa Igreja, nossa terna mãe. E faça uma oração

especial por todos os que trabalham para a salvação das almas e para a glória do nosso Pai celeste.” (Padre Pio)



“Se você não entrega seu coração a Deus, o que lhe entrega?”(Padre Pio) “Você deve seguir outra estrada. Tire de seu coração todas as paixões deste

mundo, humilhe-se na poeira e reze! Dessa forma, certamente você encontrará Deus, que lhe dará paz e serenidade nesta vida e a eterna beatitude na próxima.” (Padre Pio)



“Sigamos o caminho que nos conduz a Deus.” (Padre Pio)



“A natureza humana também quer a sua parte. Até Maria, Mãe de Jesus, que sabia que por meio de Sua morte a humanidade seria redimida, chorou e sofreu – e como sofreu!” (Padre Pio)



“Cuide de estar sempre em estado de graça.” (Padre Pio)



“Não se desencoraje, pois, se na alma existe o contínuo esforço de melhorar, no final o Senhor a premia fazendo nela florir, de repente, todas as virtudes como num jardim florido.” (Padre Pio)



“É necessário manter o coração aberto para o Céu e aguardar, de lá, o celeste orvalho.” (Padre Pio)



“Onde há mais sacrifício, há mais generosidade.” (Padre Pio)



“Enquanto tiver medo de ser infiel a Deus, você não será’. Deve-se ter medo quando o medo acaba!” (Padre Pio)



“Reze, reze! Quem muito reza se salva e salva os outros. E qual oração pode ser mais bela e mais aceita a Nossa Senhora do que o Rosario?” (Padre Pio)



“A ingenuidade e’ uma virtude, mas apenas ate certo ponto; ela deve sempre ser acompanhada da prudência. A astúcia e a safadeza, por outro lado, são diabólicas e podem causar muito mal.” (Padre Pio)



“Cada Missa lhe obtém um grau mais alto de gloria no Céu!” (Padre Pio)



“Se você tem dúvidas sobre a fé é exatamente porque tem fé!” (Padre Pio)



“A prática das bem-aventuranças não requer atos de heroísmo, mas a aceitação simples e humilde das várias provações pelas quais a pessoa passa.” (Padre Pio)



“A maior caridade é aquela que arranca as pessoas vencidas pelo demônio, a fim de ganhá-las para Cristo. E isso eu faço assiduamente, noite e dia.” (Padre Pio)



“Aquele que procura a vaidade das roupas não conseguirá jamais se revestir com a vida de Jesus Cristo.” (Padre Pio)



“Quando o dia seguinte chegar, ele também será chamado de hoje e, então, você pensará nele. Tenha sempre muita confiança na Divina Providência.” (Padre Pio)



“É doce o viver e o penar para trazer benefícios aos irmãos e para tantas almas que, vertiginosamente, desejam se justificar no mal, a despeito do Bem Supremo.” (Padre Pio)



“O Santo Sacrifício da Missa é o sufrágio mais eficaz, que ultrapassa todas as orações, as boas obras e as penitências. Infalivelmente produz seu efeito para vantagem das almas por sua virtude própria e imediata.” (Padre Pio)



“Combata vigorosamente, se está interessado em obter o prêmio destinado às almas fortes.” (Padre Pio)



“Não queremos aceitar o fato de que o sofrimento é necessário para nossa alma e de que a cruz deve ser o nosso pão cotidiano. Assim como o corpo precisa ser

nutrido, também a alma precisa da cruz, dia a dia, para purificá-la e desapegá-la das coisas terrenas. Não queremos entender que Deus não quer e não

pode salvar-nos nem santificar-nos sem a cruz. Quanto mais Ele chama uma alma a

Si, mais a santifica por meio da cruz.” (Padre Pio)



“Nunca se canse de rezar e de ensinar a rezar.” (Padre Pio)



“Todas as percepções humanas, de onde quer que venham, incluem o bem e o mal. É necessário saber determinar e assimilar todo o bem e oferecê-lo a Deus, e eliminar todo o mal.” (Padre Pio)



“Faltar com a caridade¨¦ como ferir a pupila dos olhos de Deus.”(Padre Pio)



“Há alegrias tão sublimes e dores tão profundas que não se consegue exprimir com palavras. O silêncio é o último recurso da alma, quando ela está inefavelmente feliz ou extremamente oprimida!” (Padre Pio)



“Seria mais fácil a Terra existir sem o sol do que sem a santa Missa!”(Padre Pio)



“Os corações fortes e generosos não se lamentam, a não ser por grandes motivos e,ainda assim,não permitem que tais motivos penetrem fundo no seu íntimo.(P.e Pio)



“Recorramos a Jesus e não às pessoas, pois só ele nunca nos faltará.”(Padre Pio)



“Jesus vê, conhece e pesa todas as suas ações.”(Padre Pio)



“Sejam como pequenas abelhas espirituais, que levam para sua colméia apenas mel e cera. Que, por meio de sua conversa, sua casa seja repleta de docilidade, paz, concórdia, humildade e piedade!” (Padre Pio)



“Quando a videira se separa da estaca que a sustenta, cai, e ao ficar na terra apodrece com todos os cachos que possui. Alerta, portanto, o demônio não dorme!”

(Padre Pio)



“Deus quer que as suas misérias sejam o trono da Sua misericórdia.” (Padre Pio)



“Leve Deus aos doente; valera’ mais do que qualquer tratamento!” (Padre Pio)



“A mansidão reprime a ira.” (Padre Pio)



“Não abandone sua alma à tentação, diz o Espírito Santo, já que a alegria do coração é a vida da alma e uma fonte inexaurível de santidade.” (Padre Pio)



“Jesus está com você, e o Cireneu não deixa de ajudar-te a subir o Calvário.” (Padre Pio)



“Vive-se de fé, não de sonhos.” (Padre Pio)



“Submeter-se não significa ser escravo, mas ser livre para receber santos conselhos.” (Padre Pio)



“Todas as graças que pedimos no nome de Jesus são concedidas pelo Pai eterno.” (Padre Pio)



“Uma Missa bem assistida em vida será mais útil à sua salvação do que tantas outras que mandarem celebrar por você após sua morte!” (Padre Pio)



“Como Jesus, preparemo-nos a duas ascensões: uma ao Calvário e outra ao Céu. A ascensão ao Calvário, se não for alegre, deve ao menos ser resignada!” (Padre Pio)



“Nas tentações, combata com coragem! Nas quedas, humilhe-se mas não desanime!” (Padre Pio)



“No tumulto das paixões terrenas e das adversidades, surge a grande esperança da misericórdia inexorável de Deus. Corramos confiantes ao tribunal da penitência onde Ele, com ansiedade paterna, espera-nos a todo instante.” (Padre Pio)



“Que o Espírito Santo guie a sua inteligência, faça-o descobrir a verdade escondida na Sagrada Escritura e inflame a sua vontade para praticá-la.”(Padre Pio)



“Se tanta atenção é dada aos bens desta Terra, quanto mais se deve dar aos do Céu? Faça, portanto, uma boa leitura espiritual, a santa meditação, o exame de

consciência, e fará progresso na perfeição cristã e no amor de Jesus.”(Padre Pio)



“O amor e o temor devem sempre andar juntos. O temor sem amor torna-se covardia.



O amor sem temor torna-se presunção.” (Padre Pio)



“Não se desencoraje se você precisa trabalhar muito para colher pouco. Se você pensasse em quanto uma só alma custou a Jesus, você nunca reclamaria!”(Padre Pio)



“Que Maria seja toda a razão da sua existência e o guie ao porto seguro da eterna salvação. Que Ela lhe sirva de doce modelo e inspiração na virtude da

santa humildade.”(Padre Pio)



“Se quisermos colher é necessário não só semear, mas espalhar as sementes num bom campo. Quando as sementes se tornarem plantas, devemos cuidá-las para que as novas plantas não sejam sufocadas pelas ervas daninhas.”(Padre Pio)



“Não se aflija a ponto de perder a paz interior. Reze com perseverança, com confiança, com calma e serenidade.” (Padre Pio)



“.É difícil tornar-se santo. Difícil, mas não impossível. A estrada da perfeição é longa, tão longa quanto a vida de cada um. O consolo é o repouso no decorrer do caminho. Mas, apenas restauradas as forças, é necessário levantar-se rapidamente e retomar a viagem!” (Padre Pio)



“O mal não se vence com o mal, mas com o bem, que tem em si uma força sobrenatural.” (Padre Pio)



“A mulher forte é a que tem temor de Deus, a que mesmo à custa de sacrifício faz a vontade de Deus.” (Padre Pio)



“O Anjo de Deus não nos abandona jamais.” (Padre Pio)



“Somente por meio de Jesus podemos esperar a salvação.”(Padre Pio)



“O Senhor nos dá tantas graças e nós pensamos que tocamos o céu com um dedo. Não sabemos, no entanto, que para crescer precisamos de pão duro, das cruzes, das humilhações, das provações e das contradições.” (Padre Pio)



“Devo fazer somente a vontade de Deus e, se lhe agrado, o restante não conta.” (Padre Pio)

Trindade e Pecado

O Anjo, na oração que ensinou e noutros ensinamentos que fez, fala de pecados, de ultrajes ,sacrilégios e indiferenças, fala da conversão de pecadores, pede reparação para os crimes, fala de homens ingratos. Fazer uma relação entre a Trindade Santa e o pecado, o nosso e o do mundo ,é modo de actualizar a mensagem que o Santuário nos quer transmitir este ano.O pecado, qualquer que ele seja, mais que uma falta à lei,aos mandamentos de Deus ou da Igreja, é um atentado ao amor,um atentado a pessoas.


Uma negação à aliança de amor que a Trindade quis fazer connosco.
 
Por isso o Anjo falou em “consolar o nosso Deus”.

Pecado é negação ao amor, é traição ao amor, é infidelidade a Deus, que é Amor.

Deus Pai criou-nos por amor e para amar. Para amar a Ele e aos outros. Quando algum de nós peca está a negar esse amor que o Pai merece e tem direito aesperar de nós. Quando o rei David pecou, houve este queixume:   “O meu eleito traiu-Me”. O pecado é traição ao amor, é não corresponder ao sonho de fidelidade que o Pai tem a nosso respeito,não dizer sim ao projecto amoroso da sua aliança. Ao pecar,é o Pai que nós ofendemos.Mas o pecado é também negação,atentado ao amor de Jesus ,Deus Filho. Ele amou-nos eentregou-Se por nós. Ao pecar ,vamos traindo como Judas ou negando como Pedro. Jesus foi feito pecado e maldito na Cruz e nós não correspondemos a esse amor, não aceitamos fazer um caminho de fidelidade ao sangue derramado por Ele. O Crucificado foi até à loucura máximado amor.

Pecar é não ser fiel a este Jesus, Redentor e Salvador ,no hoje da nossa vida.O Espírito Santo habita o nosso ser. Somos templos doEspírito. Por isso, S. Paulo, ao exortar-nos à fidelidade do amor,afirmou: “não contristeis o EspíritoSanto que habita em vós”.

Pecar é um atentado ao Espírito,é contristar o Espírito, é negar ao Espírito o amor que merece de cada um de nós. No santuário do nosso ser, o Espírito que nos habita ,fica entristecido, segundo S. Paulo, quando nós pecamos.

O pecado é, pois, um atentado ao amor trinitário, uma negação de amor a cada Pessoada Trindade, uma ofensa ao amor louco e apaixonado que cada Pessoa divina tem por nós.

Daqui nasceu o apelo do Anjo: “consolai o vosso Deus”. Este Deus é Família divina , com três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

P. Dário Pedroso

Jornal, Voz da Fatima.

Trindade e Nossa Senhora

Qualquer criatura, criada à imagem de Deus uno e trino, tem uma relação plena com a sua origem, o amor criador. Tem uma relação to­tal com a sua salvação, o amor redentor. Mas a Virgem Maria, que na Oração ensinada pelo Anjo, é apresentada pelo seu Coração Imacu­lado, tem, com cada uma das Pessoas divinas uma relação, uma in­timidade, únicas. Daí a maravilha do seu Coração Imaculado, do seu amor materno, da sua dimensão de “cheia de graça”, da sua “Imacu­lada Conceição”.

Maria é a Filha dilecta de Deus Pai. Deus Criador vê-Se em Maria, como que ao espelho, pois Ela nasceu, cresceu, viveu sem mácula, sem pecado. Ela é sol sem nuvens, flor sempre viçosa. N’Ela, a Filha amada, dilecta, cheia de graça, o Pai encontra espaço de amor, de adoração única, encontra o coração humano que mais O ama e que mais fiel é ao seu mistério de aliança e de fidelidade. O Pai A olha com ternura e Se encanta com sua beleza e sua fidelidade amorosa.

Maria é a Mãe de Deus Filho, por isso verdadeira Mãe de Deus, por isso gerou no seio virginal o Verbo feito carne. Ele é carne de sua carne e sangue do seu sangue. Ninguém como Maria, a Mãe de Je­sus, tem com Ele uma relação mais pessoal, mais amorosa, mais ín­tima. Ela O deu à luz no presépio, O ofereceu no Templo, O amamen­tou com seu leite, O ensinou a viver. Ela O acompanha em Nazaré, em Caná, nalguns momentos da vida pública. Ela O oferece no Cal­vário e Se oferece com Ele. Ela, na glória, é com Ele, Rainha. Verda­deira Mãe de Deus Filho.

Maria é também Esposa de Deus Espírito, pois o Menino foi gerado no seu seio pelo poder e graça do Espírito. Esposa mística tem com o Espírito uma intimidade interior, uma intensidade de comunhão e de ora­ção, uma vida em amor pleno. Seu Coração Imaculado é obra do Espírito Santo que n’Ela infunde seus dons e suas virtudes. Esposa santa, pura, mística d’Aquele que é o Amor eterno e que realiza a comunhão do Pai e do Filho.

Mulher trinitária que tem com cada Pessoa da Trindade sua inten­sidade de comunhão, na beleza do amor. Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito, a Senhora realiza o que mais ne­nhuma criatura humana pode realizar, pois tem com a Trindade Santís­sima uma comunhão única e indizível de amor. Maria, a Mãe de Deus e nossa, nos poderá ajudar a crescer na nossa relação com o amor uno e trino, com cada Pessoa da Trindade Santa.

P. Dário Pedroso


Jornal Voz da Fatima

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aridez espiritual ,Quanto mais a noite fica escura, mais perto está a aurora

Muitas vezes, podemos passar por algum período de aridez espiritual, isto é, não temos vontade de rezar, torna-se difícil participar da Santa Missa, a reza do terço fica pesada, entre outros. Até mesmo a Sagrada Comunhão se torna um sacrifício diante das dúvidas que podem atingir a nossa alma. Parece que o céu sumiu.

Como vencer esse estado de espírito no qual parece que Deus está longe e que nos falta a fé? Primeiro, é preciso verificar se esta situação não é tibieza, ou seja, causada por nossa culpa em não perseverar no cuidado da vida espiritual, e, sobretudo, verificar se não há pecados graves em nossa alma, que possam estar afugentando dela a graça de Deus.

Se não houver pecados na alma, então, é preciso antes de tudo, calma, paciência e perseverança nos exercícios espirituais: oração, vida sacramental, caridade, penitência, entre outros. Mesmo sem vontade ou sem gosto, continuar, sem jamais parar, os exercícios espirituais.

O Senhor, às vezes, permite essas provações para que aprendamos a “buscar mais o Deus das consolações do que as consolações de Deus”, como ensinou um santo. São João da Cruz, místico que tanto experimentou o que chamou de “noite escura da fé”, afirmou que “o progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber.”

Muitas vezes, nos deleitamos nas orações gostosas, cheias de fervor sensível, como crianças quando comem doces. Mas quando vem a luta deixamos a oração. Veja o que nos diz a Palavra de Deus: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige?… Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos… Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” (Hb 12,5-10).

Deus nos quer santos, e é também algumas vezes pela provação e pela aridez espiritual que Ele arranca as ervas daninhas do jardim de nossas almas. Coragem, alma querida de Deus! Jesus disse que Ele é a videira verdadeira, e Seu Pai o bom agricultor, que podará todo ramo bom que der fruto, para que produza mais fruto (cf. Jo 15,1-2).

Não podemos querer apenas o açúcar do pão e renegar o pão do sacrifício. Às vezes, a meditação é difícil, a oração é penosa, distraída, surgem as noites e as trevas… Nessas horas é preciso silêncio, abandono, paciência. O Esposo há de voltar logo… Em breve vai raiar a aurora e os fantasmas vão sumir.

Quanto mais a noite fica escura, tanto mais perto nos aproximamos da aurora. Deus sabe pelo que estamos passando, louvado seja o Seu santo Nome! É hora de abandono em Suas mãos paternas.

Muitas vezes, podemos passar por algum período de aridez espiritual, isto é, não temos vontade de rezar, torna-se difícil participar da Santa Missa, a reza do terço fica pesada, entre outros. Até mesmo a Sagrada Comunhão se torna um sacrifício diante das dúvidas que podem atingir a nossa alma. Parece que o céu sumiu.

Em meio às trevas alguns sentem o coração como se fosse de gelo, não sentem mais amor a Jesus, perdem a piedade, se sentem condenados. Que desoladora confusão espiritual! Nessas horas a única saída é fechar os olhos e dar as mãos a Jesus para ser guiado por Ele na fé; confiança e abandono, irmão! Só o Senhor sabe o caminho para sairmos deste matagal fechado e escuro.

Deus nos prepara para a contemplação pelas provas passivas, ensinam os santos. Ele as produz e a alma apenas tem que aceitar. É o duro caminho dos que querem a perfeição. Ele está purificando a alma; o Cirurgião Celeste está nos operando a alma.

São João da Cruz fala da famosa “noite dos sentidos” cheia de aridez e de provação, um verdadeiro martírio para a alma. Segundo o santo doutor, é Jesus que chama a alma a caminhar com Ele no deserto, mesmo queimando os pés e sendo queimado pelo sol, para se santificar.

Calma, alma querida de Deus, Ele faz isso porque o ama muito! O fogo bom não é aquele “fogo de palha”, alto e bonito, mas rápido, que logo se apaga; mas é o fogo baixo que pega na lenha grossa e permanece por muito tempo. O fogo de palha é só para começar…

É isso que está acontecendo; não se assuste; não se preocupe porque o gosto de rezar sumiu e se tornou agora um sacrifício penoso… Fé não é sentimento e muito menos sentimentalismo; fé é adesão, com a mente, a Deus, às Suas verdades e às Suas determinações. Não se preocupe em estar ou não “sentindo” fé ou devoção; apenas viva-a; vá à Missa, ao grupo de oração, ao terço, com ou sem vontade, com ou sem gosto, com ou sem sentimento. Assim, temos mais méritos ainda diante de Deus.

Nessa situação talvez você precise de um diretor espiritual, especialmente na Confissão, para uma boa orientação.

Felipe Aquino

felipeaquino@cancaonova.com

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para entender a profundidade Teológica do Ofício da Imaculada Conceição:

Agora lábios meus - O Ofício começa com a palavra Agora. Não é um simples advérbio de tempo, indicando o começo da ação, mas é uma palavra conclusiva, que comemora os favores recebidos, enriquecida de gratidão e de carinho para com a Mãe de Deus, que é também nossa Mãe. O agora deste Ofício é muito parecido com o entusiasmo do velho Simeão quando recebeu nos braços o Salvador “Agora, Senhor, podes deixar-me partir em paz...”

Sede em meu favor... - imploramos a intercessão de Maria contra os inimigos sejam eles materiais (físicos) ou espirituais. A conclusão

glorificando o Pai, o Filho e o Espírito Santo mostra a íntima ligação do Mistério de Maria com o Mistério da Santíssima Trindade, sobretudo na pessoa do Filho. O Mistério de Maria é essencialmente Cristológico.

Maria vive em íntima união com a Santíssima Trindade. Assim disse o Concílio Vaticano II: “Maria é dotada com a missão sublime e a dignidade de se ser Mãe de Deus, e por isso, filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo” (LG 53). A virgem Imaculada vive imersa no mistério da Trindade, louvando a glória de Deus e intercedendo pela humanidade (Puebla, 293)

Senhora do mundo - proclamam-no todas as línguas Domina Nostra, Madonna Mia, Notre Dame, Nuestra Señora, Nossa Senhora... É uma vassalagem universal. Lemos no livro do Êxodo (Cf. Ex 15, 20-21) que Maria, irmã de Moisés, foi guiando as mulheres. Esta Maria era figura da Santíssima Virgem que também se chamou Maria, mestra e senhora que nos guia para o outro lado, para o céu. O fato de ser Mãe de Deusé que confere a Maria os direitos de domínio do mundo.

Estrela da manhã - os antigos acreditavam que cada homem nascia sob a proteção de uma estrela. Maria é esta estrela. Estrela da manhã porque foi ela quem precedeu, na mente do Altíssimo, ao dia da Criação. Foi ela quem precedeu ao dia da Redenção. Desde que se levantou radiosa, sempre seu brilho venceu o das demais e nunca teve o ocaso sombrio do pecado. Feliz aquele que se deixa guiar por esta Estrela. Mais recentemente o Papa a declarou Estrela da Nova Evangelização.

Cheia de graça divina - Ave cheia de graça, o Senhor é contigo (Lc 1,28). Do princípio ao fim a vida de Maria é graça, é experiência da misericórdia e da bondade de Deus. Maria possui a plenitude da graça; daí sua valiosa intercessão junto a Deus para alcançar as graças que necessitamos. A graça divina fez de Maria jardim ornado de todas as virtudes.

Formosa e Louçã - pela graça divina, é realmente a Virgem Maria “formosa e louçã”. Diz um autor: “Como não sereis toda engraçada em vós, e para nós toda graciosa, se sois a Mãe da Divina Graça? Ó

Santíssima, ó Suavíssima, ó toda formosa e engraçada Maria!” Defensora do Mundo - o mundo está com muita pressa de auxílio. E a quem recorremos senão àquela que é um “forte esquadrão contra o inimigo”?

Ab eterno - desde toda eternidade. Ao decretar desde toda eternidade a Encarnação do Verbo, Deus não o fez de um modo abstrato e indeterminado, mas sim estipulando os pormenores das condições necessárias para cumprimento deste decreto.

Mãe do Verbo - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio ele estava com Deus. Tudo foi feito por

meio dele e sem ele nada foi feito(Jo 1,1-3). Ele é a Imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis.

Tronos, Soberanias, Principados, Potestades, Autoridades, tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de tudo e tudo nele subsiste

(Cl 1,15-17) . Se o Filho encarna, precisa de uma Mãe que o dará à luz permanecendo Virgem. Além disso, essa Mãe deve ser digna dele quanto seja possível, logo, antecipadamente terá todos os privilégios que Deus pode conceder. Por conseguinte receberá todas as honras que comporta a sua condição.

Esposa de Deus - Maria é a Virgem deposada por Deus. Maria “Esposa de Deus” diz respeito diretamente à relação Maria e a Igreja que ocorre amplamente nas reflexões dos Padres da Igreja (Clemente de Alexandria, Ambrósio, Agostinho, Leão Magno, e tantos outros). Isaac de Estela, discípulo de São Bernardo, dizia: “Ambas Mães, ambas Virgens, ambas concebem por obra do espírito Santo... Maria... gerou ao Corpo a sua Cabeça; a Igreja... dá a esta Cabeça o seu corpo. Uma e outra são Mães de Cristo, mas nenhuma delas o gera todo inteiro sem a outra. Por isso justamente, aquilo que é dito em geral da Virgem Mãe Igreja se entende igualmente da Virgem Mãe Maria.

Mesa para Deus ornada / coluna sagrada de grande firmeza - casa a Deus dedicada com sete colunas e mesa preparada. Refere-se àquela passagem dos Provérbios (9, 1-2): “A sabedoria edificou para si uma casa, levantou sete colunas... e dispôs sua mesa”. Diz São Bernardo que“aquela Sabedoria, que era o próprio Deus, edificou para si uma casa que foi sua própria Mãe, na qual ergueu sete colunas que são as

virtudes teologais e cardeais (Fé, Esperança, Caridade, Justiça,Temperança, Fortaleza e Prudência).

Mãe Criadora - Nova Eva. Da mesma sorte que Adão é figura de Cristo (novo Adão), Eva é figura de Maria (Nova Eva). Este é um singular paralelismo que percebemos nos Padres da Igreja feito entre Eva e Maria, modelado e inspirado no paralelismo entre Cristo e Adão (Rm 5,14; 1Cor 15, 22.45). O paralelismo entre Eva e Maria foi constituído já no século II por Justino e Ireneu: a Velha Eva que também era Virgem preferiu ouvir a voz da Serpente gerando, portanto, o pecado; a Nova Eva, Maria, a Virgem que soube ouvir a Palavra de Deus, gerou no seu santíssimo ventre, o próprio Filho de Deus. Assim a primeira Eva trouxe a tristeza e o pecado. Já a Nova Eva, trouxe-nos a paz, a esperança, o perdão e a graça salvífica. E por isso chamada Mãe da nova Criação. “Enquanto peregrinamos Maria será a Mãe e a educadora da fé. Ela cuida que o Evangelho nos penetre intimamente, plasme nossa vida de cada dia e produza em nós frutos de santidade” (Puebla 290). Ao pé da cruz, Maria recebeu de Jesus agonizante a missão de ser mãe de todos os que seriam seus discípulos (Jo 19,26).

Sois dos Santos Porta - Maria, porta do céu. As figuras de “porta,

limiar, entrada, umbral”, já desde a época dos Padres da Igreja, se aplicam à Virgem Maria para esclarecer sua função de Nova Eva, ou sua maternidade virginal ou sua intercessão suplicante em favor dos fiéis. Eva inocente, que venceu pela humildade o orgulho da primeira mulher, abrindo o que esta fechara: Virgem humilde que nos abriu a porta da vida eterna: o que Eva incrédula fechara – aquela fiel abriu. As portas do paraíso que Eva fechou foram abertas por ti, Virgem Maria. Maria é porta radiante luz, pela qual, Cristo, Luz do Mundo, refulgiu para nós. A Igreja não duvida disto: pela bem aventurada Virgem Maria, de quem nos veio o Salvador, nos descerão dons da graça celeste e se nos abrirá a feliz porta do céu.

Dos anjos Senhora - Santo Tomás, explicando a Saudação Angélica, observa que no Antigo Testamento era grande honra para os seres humanos a aparição dos seres angélicos. E grande honra também era poderem os homens reverenciar aos Anjos. Que um Anjo, porém, reverenciasse ao homem, nunca se ouviu contar, a não ser depois da saudação a Maria, quando se verificou que, na natureza humana, havia quem fosse maior do que os anjos na plenitude da graça e intimidade com Deus.

Estrela de Jacó - Nm 24,17: “Eu vejo – mas não agora, eu o contemplo – mas não de perto: um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta procedente de Israel. E esmaga as têmporas de Moab...” A estrela de Jacó é Maria que descende do grande patriarca. E Jesus é o cetro que se levantou de Israel e feriu os capitães de Moab, isto é, o mal e a morte, e nos deu a vitória.

Refúgio dos cristãos - Maria Santíssima que reina gloriosa no céu trabalha misteriosamente na terra, mostrando a seus filhos o caminho da verdade. Não raro sucedeu que os fiéis, por guardarem sempre vigoroso o amor e o culto à Mãe de Jesus, mesmo destituído de todo auxílio espiritual, conservaram contudo integralmente sua fé. Maria é o amparo na fé. Quando Pio VII (+1823) foi arrancado da Sé de Pedro pela violência das armas e detido em estrita prisão, toda a Igreja erguia preces a Deus pela intercessão da Virgem Maria: sucedeu então, sem se esperar, a libertação do Sumo Pontífice e a sua volta para Roma em 24 de maio de 1814, e sua restituição ao trono pontifício. Por isso o Papa pio VII decretou que se celebrasse para sempre em Roma, a 24 de maio, uma festa em honra de Maria, Auxilio dos cristãos. Ela é o auxílio do cristão para que, com a proteção dela, trave o combate da fé com intrepidez, permaneça firme na doutrina dos apóstolos e caminhe seguro entre as tempestades do mundo.

A Virgem a criou Deus no Espírito Santo / e todas as suas obras com ela as ornou - já vimos que nada se fez sem o Verbo. Mas nada se fez também sem o Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho. Sem o Amor nada se faz. Aquele mesmo Espírito de quem diz o Gênesis (1,2) que, fecundando, pairava sobre as águas, já preparava o mais lindo ornamento de todas as obras: Maria.

Trono de Salomão - 1Rs 10, 18-20. Do trono de Salomão diz a Sagrada Escritura que nunca se fez coisa tão preciosa pelos reinos do mundo. Era de marfim coberto de ouro finíssimo, com seis degraus e sustentado por duas mãos. Maria é o trono do verdadeiro Salomão ou Rei Pacífico, Jesus. É trono de marfim, por sua pureza e inocência, revestido do ouro finíssimo da mais ardente caridade. Duas mãos a sustentam, que são a humanidade e a divindade de Jesus.

Arca do Concerto (da Aliança) - Ex 25, 10-16. A Arca da Aliança, conservada e venerada no Templo de Salomão, coberta por fora e por entro do mais puro ouro. Continha as duas tábuas da lei que Deus havia promulgado no Sinai. Conservava-se ali também um vaso que continha um pouco do maná que durante tantos anos caíra do céu para alimento do povo hebreu no deserto. Figura belíssima de Maria. Virgem, dotada de todas as graças e enriquecida da mais imaculada pureza tanto no que diz respeito ao corpo como no que se refere à alma, ela trouxe no seu casto seio o Verbo Eterno, o legislador divino da lei da graça, o autor da nova aliança entre Deus e os homens. Ela deu ao mundo Jesus Cristo, nosso Redentor, que é o verdadeiro maná, o pão celeste, o pão da vida, descido do céu. Lembramos ainda das passagens que dizem que Maria guardava as Palavras de Jesus no seu coração e as meditava (Lc 2,19. 51).
Velo de Gedeão - Jz 6, 36-40. O velo de Gedeão é símbolo de muitos mistérios mas principalmente de Maria Imaculada. Querendo Gedeão esclarecer-se a respeito de milagrosa aparição que tivera, deixou do lado de fora de sua casa, durante a noite, o velo de um carneiro (couro de carneiro com a lã). E com grande espanto verificou pela manhã que o relento caíra todo no velo, enquanto tudo em redor ficara seco. Na noite seguinte repetiu a mesma prova desta vez o velo estava seco e tudo o mais coberto de orvalho. Com este milagre ficou sabendo Gedeão que seria eleito para vencer os inimigos de seu povo depois de sete anos de dura opressão. São Bernardo comenta que o velo simboliza Maria que, única, foi concebida sem pecado original e, por primeira recebeu de Jesus a sua graça que havia de espalhar-se depois pelo mundo. A Igreja reconhece no velo recoberto de orvalho uma figura do Mistério da Encarnação do Verbo Divino no seio puríssimo da Virgem Maria dizendo: Senhor, quando nasceste de um modo inefável da Virgem, cumpriram-se as Escrituras que diziam “desceste como orvalho no velo a fim de salvar o gênero humano. E São Bernardo ainda diz: “Tu és, ó Maria, o terreno umedecido, impregnado de celeste orvalho”.

Íris do céu clara - Gn 9, 8-17. Quando Deus fez as pazes com a terra, depois do dilúvio, deixou um símbolo agradabilíssimo de união e de paz: o arco-íris. E, no Novo Testamento, para mostrar a sua misericórdia para com os homens, deixou não apenas um símbolo, mas um verdadeiro traço de união: a Virgem Maria – Rainha da Paz. O arco-íris tem sete cores. Maria tem os sete dons do Espírito Santo. O arco-íris foi o sinal da aliança depois do dilúvio. Maria foi o sinal da aliança depois do pecado.

Sarça da visão - Ex 3,1-6. Maria imaculada, como a sarça que ardia sem se consumir, deu à luz seu filho sem perder o privilégio da virgindade. São Gregório de Nissa diz: “Não é porventura um grande milagre ver uma virgem que se torna mãe sem deixar de ser virgem?” E São Bernardo acrescenta: “O que podia designar a sarça que ardia e não se consumia a não ser a virgem que deu à luz sem sentir as dores do parto?”. E canta assim a liturgia bizantina: “Como a sarça que não se consome ardendo, assim a Virgem deu à luz. Cristo com o fogo de sua divindade não fez arder a criatura na qual se encarnoou, antes conservou intacta a sua virgindade”.
Favo de Sansão - Jz 14, 5-9. Conta o livro dos Juízes que indo Sansão viajando com seus pais para a casa de sua noiva, ao se aproximarem das vinhas da cidade, apareceu um leão novo, feroz e que rugia fortemente e avançou contra Sansão. Mas o espírito do Senhor apossou-se de Sansão e ele depedaçou o leão como se fosse um cordeiro, sem arma alguma na mão . Mas nada disse a seus pais. Quando voltavam alguns dias depois Sansão afastou-se do caminho para ver o cadáver do leão e eis que na boca do leão estava um enxame de abelhas e um favo de mel. E, tomando-o nas mãos ia comendo pelo caminho, e chegando onde estavam seu pai e sua mãe, deu-lhes uma parte que eles também comeram. Assim como, dentro da boca de uma fera, se encontrou um favo, também no seio da humanidade não tão humana, encontrou-se Maria. E assim como, no seio da morte (no cadáver do leão), encontrou-se a vida (enxame de abelhas), assim também dentro da humanidade pecadora encontrou-se Maria: concebida sem pecado. Maria, laboriosa e humilde abelha que nos preparou o favo dulcíssimo, Jesus, que saboreamos pelo caminho da nossa vida toda vez que recebemos a Eucaristia.

Florescente vara - Nm 17, 16-26; Is 11, 1-2. O livro dos números conta que a escolha de Aarão foi feita da seguinte forma: Deus mandou que um varão de cada tribo de Israel colocasse uma vara junto ao Tabernáculo e a vara do escolhido florescia. Foi o que aconteceu coma vara de Aarão onde apareceram botões, depois flores e frutos sem prejudicar o seu frescor. Essa vara, diz São Bernardo, é figura de Maria que floresceu sem raízes e sem a seiva da natureza; pois ela se tornou fecunda e deu à Luz Jesus sem a mínima alteração de sua pureza virginal, à maneira da vara de Aarão que nada perdia de sua verde folhagem, produzindo flores e frutos. No texto de Isaías lemos que “um ramo brotará do trono de Jessé”. Jessé foi o Pai do rei Davi, de quem Jesus era chamado filho (Mt 21,9), por ser descendente seu. Maria é este ramo de floresce quando dela nasce Jesus.

Da Trindade Templo - A Santíssima Virgem por especial razão é Templo. Carregando em seu seio imaculado o próprio Filho de Deus, tornou-se Templo do verdadeiro Deus. Tendo guardado em seu coração a palavra de Deus (Lc 2, 16-17), tendo amado ardentemente a Cristo e conservado fielmente seus dizeres, vieram a ela o Pai e o Filho, e nela estabeleceram sua morada, segundo a promessa do próprio Senhor (Jo 14,23). Maria é o Templo Santo construído com indizível arte pelo Senhor; templo singular da glória de Deus pela obediência da fé e mistério da Encarnação, templo da justiça, templo da piedade para nós pecadores... templo repleto do Espírito Santo. Diz São Gregório: “És esplendor de luz, ó Maria, no sublime reino espiritual! Em ti o Pai, que é sem princípio e cuja potência te cobriu, é glorificado. Em ti que carregaste segundo a carne, é adorado. Em ti o Espírito Santo, que operou nas tuas entranhas o nascimento do grande Rei, é celebrado. É graças a ti, ó cheia de graça, que a Trindade Santa e consubstancial pôde ser conhecida no mundo”.

Horto de Deleites - Gn 2, 8-15. O Horto, na terra do Éden – nome que significa delícia – tinha a virtude de produzir, sem o auxílio do homem, os mais deliciosos frutos e a mais linda vegetação. Uma fonte abundantíssima fertilizava todo aquele jardim. Perfeito símbolo de Maria que, sendo Virgem, também é Mãe. Sua fecundidade vem do Espírito Santo. São João Damasceno diz: “Tu és o Horto espiritual, mais santo e mais divino que o antigo, pois este foi a morada de Adão e tu foste o paraíso daquele que desceu do céu para habitar em ti”.

Palma de paciência - Vencedora do demônio. Maria Santíssima é suportadora das angústias e sofrimentos de sua missão de Mãe do Redentor. À Maria dá-se com extrema justeza, o título ou figura de palma da vitória, sendo nosso modelo para que, a seu exemplo vençamos as tentações. Por analogia Maria é comparada também à resistente palmeira, que os vendavais não conseguem abater. Maria, palmeira eleita, passou por todas as tribulações sem vergar. Estava de pé juntoà cruz sem que a veemência da dor a pudesse prostrar. Mártires e confessores têm-na como Rainha, porque soube viver e morrer dando heróicos testemunhos de fé (Gn 3,15).
Terra bendita e sacerdotal - A terra, o terreno do Paraíso terrestre era virgem, não lavrada por mãos humanas, sendo no entanto, fertilíssima porque era obra de Deus; produzia plantas, flores e frutos (símbolo das virtudes) e não dava nenhum espinho (figura do pecado). Era portanto terra santa. Da filha desta terra bendita, fertilizada pelo Espírito Santo – Maria – nasceu o Salvador, sumo Sacerdote, sumo Sacerdote, realizando a profecia de Isaías: “Abra-se a terra e germine o Salvador”. É também figura de Maria pela beleza e fartura, em suma, pelas excelências. Terra de Canaã fecunda apontada a Moisés (Gn 2,8; Dt 8, 7-10).

Cidade do Altíssimo - Aqui faz-se alusão à cidade de Jerusalém que teve a honra de ser preferida para aa construção do Templo, onde Jesus haveria de ensinar mais tarde. Maria foi comparada ao Templo, é comparada agora a Jerusalém, cidade santa. Ou melhor, Maria é a verdadeira Jerusalém, pois ao invés de dar a morte, deu a vida ao Redentor, e nunca foi destruída e nem mesmo ameaçada pelo inimigo.
Porta Oriental - Ez 46, 1-3. A liturgia se serve da mesma comparação no Ofício do Advento: Salve Porta Oriental!, porque foi por Maria que raiou o divino oriente – seu Filho Jesus. Lê-se em Ezequiel: “Isto diz o Senhor: a porta do átrio interior, que olha para o oriente, estará fechada durante os seis dias que são de trabalho; mas abrir-se-á no dia de Sábado, e também se abrirá no primeiro dia de cada mês. E o príncipe entrará pelo caminho do vestíbulo da porta... e fará adoração sobre o limiar desta porta, e depois sairá, e a porta não se fechará até a tarde. E o povo do país fará sua adoração à entrada daquela porta nos dias de Sábado”. Maria é a porta Oriental donde saiu o Sol da Justiça; é aporta que se abre ao pecador, pela misericórdia. A porta se abrirá e não se fechará mais. O povo se aproximará sem medo e adorará o Senhor, glorificando a divina Mãe.
Lírio cheiroso entre os espinhos - Ct 2, 1-2. Santa Brígida diz que“assim como a rosa cresce entre os espinhos, assim cresceu Maria entre os sofrimentos”. Espinhos também são nossos pecados; espinhos são as blasfêmias e ingratidões para com seu Imaculado Coração. Além disso, o lírio é uma flor que reflete tranqüilidade pelo seu aspecto, símbolo da pureza pela sua nitidez, da beleza pelos seus contornos, do encanto pela sua fragrância. Dentre as flores é, portanto, a que mais e melhor se pode comparar a Maria, que além do mais, como a Santíssima Virgem, tem o poder de cura.
Torre de Davi - 2Sm 5,9; Ct 4,4. Acena-se a uma das muitas torres que Davi mandou erguer na cidade de Sião. A Virgem é apresentada como uma fortaleza contendo as defesas contra os inimigos e o arsenal de armas para combate-los. Para isso eram construídas as torres. Maria Santíssima é uma torre tão bem edificada que, como São Tomás de Villanova podemos dizer: “Ocupando-lhe a praça forte o próprio Deus, não podia este sem grande cuidado, permitir ao demônio que dela se apoderasse, nem um instante sequer. Para isso teve que comunicar-lhe um poder inquebrantável, transformando-a numa verdadeira fortaleza davídica”. Assim Maria é aquela criatura santa que nunca foi vencida pelo pecado, toda cheia de graça e fiel a Deus. É nisso precisamente que consiste o mistério da Imaculada Conceição, que nos apresenta em Maria o rosto do homem novo redimido por Cristo, no qual Deus recria ainda de modo mais admirável o projeto do paraíso (Puebla, 298).
A Mulher e o Dragão - Após o pecado dos primeiros pais quando Deus amaldiçoou a serpente, Ele anunciou que a descendência da Mulher haveria de esmagar-lhe a cabeça (Gn 3, 15). Por isso, Maria Imaculada aparece com a cobre debaixo dos pés. Trazendo ao mundo o Salvador, ela deu início a vitória do Bem sobre o Mal. Outra citação vemos em Ap 12. Há, portanto, duas grandes seduções, ou dois grandes ataques do demônio (dragão) com relação à mulher: a astúcia da serpente que quer que a inteligência contemplativa de Eva seja apenas uma inteligência eficaz (conhecedora de tudo = Deus) e a oposição brava do dragão com relação à mulher, para que ela deixe de ser fonte de vida. A diferença entre esses dois ataques é que na grande visão do Apocalipse a mulher não cai na armadilha. Ela é ajudada por Deus, recebe as “duas asas de grande águia e voa para o deserto”, onde Deus lhe preparou um refúgio. O demônio, no seu ataque contra a fecundidade, portanto, jamais será vitorioso: ele não pode ser vitorioso. Mas irá muito longe: bem sabemos hoje que ele vai muito longe no seu ataque contra a fecundidade segundo a carne e o sangue, e também contra a fecundidade espiritual. Ele tenta por todos os meios suprimir essa dupla fecundidade. Mas há um socorro de Deus para a Mulher, e, portanto, para a criatura que deve ser fonte de vida e guardiã da vida. Esse socorro divino, são as duas asas da grande águia. Estas duas asas da grande águia são, segundo os Padres da Igreja, a adoração e a contemplação. Se a mulher – isto é, a criatura na sua fraqueza– continuar a adorar e contemplar, ela não cairá na armadilha do dragão.

Mulher forte - O livro dos Provérbios (31, 10-31) faz o elogio da perfeita dona de casa, que se mostra solícita, corajosa e operante em tudo que faz. Em todos os tempos, inclusive hoje, existem mulheres que vivem esse ideal de doação total. Porém, mais que todas, Maria sempre teve essa fortaleza de ânimo para executar sua missão no lar e na sociedade. Foi ela a “a mulher forte que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio; é o modelo para os que não aceitam passivamente as circunstâncias adversas da vida pessoal e social, nem são vítimas de alienação” (Puebla, 297,302); tornou-se assim exemplo “para a mulher contemporânea, desejosa de participar com poder de decisão nas opções da Comunidade (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 37).

Invicta Judite - Jd 8,4-8; 15,8-10. No Livro de Judite elaé cognominada Libertadora de Betúlia; à semelhança do livro de Éster, é uma história de libertação do povo por uma heroína: Holofernes, enviado com 132 mil homens pelo rei da Assíria, Nabucodonosor, para invadir a Ásia ocidental, acampa em Betúlia, sitiando a cidade. Judite, seduzindo o general inimigo cortou-lhe a cabeça depois de embriagá-lo; leva Judite então, esse troféu de guerra e exibe-o a seu povo em Betúlia. Eis a aplicação como figura de Maria que nos liberta de Satanás. A Igreja exalta a Maria com as mesmas palavras com que os hebreus estejaram o triunfo desta mulher corajosa que, arriscando a vida, cortou a cabeça do general inimigo e assim salvou seu povo: “Tués a glória de Jerusalém, és a alegria de Israel, a honra de nosso povo!” .

Alentastes o Sumo Davi - Na história de Davi se conta que ele, estando já velho, mandou que lhe procurassem uma jovem esposa para o assistir e cuidar dele. Procuraram em todo território de Israel e trouxeram-lhe uma jovem belíssima, chamada Abisag de Sunan, que o serviu e se tornou sua esposa, mas permaneceu virgem (1Rs 1,1-4). Cristo relizou as esperanças que o povo colocava em Davi; por isso ele foi reconhecido como um novo Davi, um Filho de Davi. A seu lado, Nossa Senhora tornou-se a esposa virginal de Deus.
Maria e Raquel - Gn 29, 15-30; 37; 39; 41,37-57. Conta o Livro do Gênesis que chegou Raquel certo dia com os rebanhos de seu pai Labão, para apascentá-los. Vendo-a Jacó e sabendo que ela era sua prima irmã e que aqueles rebanhos pertenciam ao sei tio Labão, ajudou Raquel a levantar a pedra do poço para dar de beber ao rebanho. Raquel era formosa e muito agradável. E Jacó, sentindo uma grande afeição disse para Labão que serviria sete anos pela sua segunda filha, Raquel. O texto sagrado mostra-nos em Raquel uma mulher de rara beleza e de uma grande amenidade de temperamento. Sob esse duplo aspecto, tornou-se a filha de Labão uma impressionante figura da formosa e mansa Virgem Maria. Raquel foi sempre, por parte de Jacó, o objeto de um amor cuja ternura não se enfraqueceu jamais. A virgem Maria foi o objeto das complacências eternas e de uma predileção sem par da parte de Deus. Mas o que de mais significativo é que Raquel foi a mãe de José. José foi vendido por seus irmãos e levado para o Egito. Esta venda proporcionou depois a salvação do Egito e o Faraó o declarou salvador do mundo. Jesus foi vendido por Judas aos Judeus e esta venda operou a salvação de nossas almas. José perdoou, alimentou com o trigo, enriqueceu e salvou seus irmãos da morte. Jesus também perdoou do alto da cruz e continua perdoando pelo sacramento da Reconciliação; alimenta com a Eucaristia e nos enriquece com a sua graça e dons do divino Espírito Santo. Por fim, Jesus é o Salvador do mundo e vencedor do pecado e da morte. “Do Egito o curador de Raquel nasceu, do mundo o Salvador Maria no-lo deu”.

Relógio atrasado - 2Rs 20,8-11; Is 38,7-8. O episódio bíblico referido aqui é o da cura obtida pelo rei Ezequias por intervenção do profeta Isaías. Quando este anunciou ao rei que ficaria curado, ele não quis acreditar sem antes ver um sinal do céu, que confirmasse as palavras do Profeta. Isaías então disse que a sombra do sol, com a qual se marcavam as horas no relógio solar, haveria de atrasar dez graus, como se as horas do dia voltassem atrás. Para entendermos que semelhança pode haver entre esse relógio e Maria Santíssima, temos de ler a estrofe seguinte (Para que o homem suba às sumas alturas / desce Deus dos céus para as criaturas) que fala da descida de Deus até junto das criaturas. O Verbo se humilhou, tomando a forma de servo (Fl 2,7), quando se encarnou no seio de Maria; o sol que retrocede representa o Cristo que se rebaixa, fazendo-se homem. Então Maria é comparada ao relógio, no qual se realiza essa aniquilação do Sol divino. Outra analogia que se pode fazer é que em Nossa Senhora no momento de sua Concepção Imaculada o sinal da Redenção foi nela impresso antecipadamente, em virtude da previsão dos méritos do seu divino Filho. As sombras do pecado original foram como que recuando para dar passagem a essa alma predestinada, que deva irradiar ao mundo o Sol da Justiça, Jesus Cristo, Salvador dos homens.

Fizeste nascer sol tão fecundo - Cristo é a luz do mundo, é o Sol da Justiça. Cristo nasceu de Maria. A igreja recorda freqüentemente esse mistério de Maria: Fonte de Luz (São João Damasceno); Janela do céu pela qual o Pai derramou sua luz (São Fulgêncio); Maria é a Mãe da Luz: da luz que ilumina os próprios Serafins; da Luz que ilumina os últimos confins da terra; da Luz que disse Eu sou a luz do mundo; da luz que iluminou todas as coisas que estão no céu e na terra (Santo Epifânio). Deus prometeu através do profeta Malaquias: “Para vós que temeis o meu Nome brilhará o Sol da Justiça” (Ml 3,20). Esse Sol é o Cristo Salvador, que faz Maria resplandecer com sua Luz, pois Ele é a luz do mundo (Jo 8,12). Por isso São João viu Maria no Apocalipse como “uma mulher vestida com o sol” (Ap 12,1).

Os cegos errados Vós alumiais - a nós que muitas vezes erramos o caminho, cegos pelas ilusões do mundo, Nossa senhora nos aponta aquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6) dizendo-nos como nas bodas de Cana “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).
E como com nuvens cobristes o mundo - Eclo 24,6: “À semelhança de uma névoa, eu cobri a terra toda”.

Esta nuvem é um símbolo de Maria:

1º) porque cobriu a miséria e nudez dos homens com a sua misericórdia e graça; 2º) porque aquece a nossa tibieza e desânimo, tornando-os fervorosos e ativos; 3º) porque assim como, quando vem a névoa e sopra o vento norte, desaparecem o gelo e os rigores do vento sul, ficando a terra fecunda, assim também, por Maria, que atrai o Espírito Santo– sopro vindo do céu – dissolve-se o gelo e quebra-se a dureza de nosso coração, ficando desse modo fecundo. Em Puebla os Bispos disseram:“Maria não vela apenas pela Igreja. Tem um coração tão grande quanto o mundo e intercede ante o Senhor da história por todos os povos. Isto bem registra a fé popular, que põe nas mãos de Maria, como Rainha e Mãe, o destino de nossas nações” (289).

Rainha de clemência - Esse título celebra a benignidade, generosidade e dignidade de Maria, que elevada aos céus, realiza a figura da rainha Ester (Est 4,17) e sem cessar roga a seu Filho pela salvação do povo, que confiante se refugia junto a ela nas tribulações e perigos. A Virgem Maria é, portanto, a Rainha Clemente que, conhecedora singular da misericórdia de Deus, acolhe todos os que junto dela se refugiam. Por isso é chamada consolação dos penitentes e esperança dos aflitos. A Virgem Maria, no céu, apresenta constantemente as necessidades dos fiéis ao Filho como o fez em Caná (Jo 2, 1-11).
De estrelas coroada - Em Ap 12,1, aparece no céu, como um grande sinal, a Mãe do Messias, coroada de doze estrelas. A liturgia aplica esse texto à Assunção de Maria, na qual “se nos manifestam o sentido e o destino do corpo santificado pela graça. No corpo glorioso de Maria, começa a criação material a ter parte no corpo ressuscitado de Cristo. Maria é a integridade humana, corpo e alma, que agora reina intercedendo pelos homens, peregrinos na história”

(Puebla 298).

Estais de ouro ornada - O Salmo 44 composto para celebrar as núpcias do rei, descreve o cortejo formado pelas princesas que os monarcas. A rainha, que traja vestes douradas e está à direita do rei, simboliza Maria que, “ao lado do Rei dos séculos, resplandece como Rainha e intercede como Mãe” (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 6).

Mãe da Graça - Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é o único mediador sempre vivo a interceder por nós ao Pai (Tm 2,5; Hb 7,25).

Mas a Santíssima Virgem é mãe e medianeira da graça porque Deus Pai por misterioso desígnio da providência, a constituiu mãe e companheira do Redentor. Mãe da graça é a Santíssima Virgem porque foi a que trouxe em suas castas entranhas ao Deus e homem verdadeiro e nos deu o próprio Autor da graça.

Seguro porto aos navegantes - Para os que enfrentamos as tempestades deste mundo, Maria é “vida, doçura, esperança nossa”. Santo Afonso dizia que a devoção a Maria é sinal seguro de salvação; afirmou também que um verdadeiro devoto de Maria não se perde, pois ela tudo alcança junto de seu Filho em favor dos que a invocam.
Estrela do mar - Santo Tomás explica assim esse título de Maria:

“Assim como por meio da estrela do mar os navegantes são orientados para o porto, assim os cristãos por meio de Maria são conduzidos para a glória. E é precisamente este o significado do nome Maria: Senhora do mar. O mar pode ser entendido como nossa vida cujas saudades lembram as distâncias do Porto, cujas vaidades crescem e se desmancham como as ondas; cujo tédio as vezes cansa e desanima como as calmarias; cujas tentações sacodem e abalam como os ventos fortes. Maria é a Estrela do Mar, pois quando aparece tranqüiliza nossa saudade, acalma todas as nossas ondas, suaviza o nosso viver com a doce aragem de seu carinho materno, diminui as tentações e desmancha as nuvens da tempestade.

Saúde certa - A salvação de Deus atinge o homem todo, seu corpo, sua alma, seu espírito; tanto como peregrino na terra, como habitante do céu. pela salvação alcançada por Cristo do Espírito Santo, a condição do homem muda inteiramente: a opressão se converte em liberdade, a ignorância em conhecimento da verdade, a aflição em alegria, a morte em vida, a escravidão do pecado em participação da natureza divina. Contudo, a absoluta e perfeita salvação, o homem não a pode alcançar neste mundo: sua vida está sujeita à dor, à enfermidade, à morte. A salvação de Deus é o próprio Jesus Cristo, que o Pai enviou ao mundo como Salvador do homem e médico dos corpos e das almas, como o chama a liturgia referindo-se às palavras de Santo Inácio de Antioquia. Nos dias de sua vida mortal, cheio de misericórdia, curou muitos doentes, libertando-os muitas vezes também das chagas do pecado(Mt 9,2-8; Jo 5,1-14). Também a Santíssima Virgem, como Mãe de Cristo, salvador do homem, e Mãe dos fiéis, socorre com muito amor seus filhos aflitos. Por isso freqüentemente os enfermos acorrem a ela, vão muitas vezes aos seus santuários, para obter saúde por sua intercessão. Nos santuários marianos encontram-se muitos testemunhos desta confiança dos enfermos para com a Mãe de Cristo. Na Ladainha, também invocamos Maria como “saúde dos enfermos”. Por meio de sua poderosa intercessão, recuperam a saúde os doentes de qualquer espécie. Como seu Filho“passou pelo mundo fazendo o bem” (At 10,38), Nossa Senhora não se cansa de zelar pela felicidade de seus filhos.

Óleo derramado - Essa imagem é tirada de Ct 1,2: “Teu nome é como umóleo escorrendo”. O óleo tem as propriedades de alimentar, curar,fortalecer, perfumar; assim os que invocam o nome de Maria com

confiança experimentam e sua vida que “a devoção à virgem Santíssimaé um auxílio poderoso para o homem em marcha para a conquista da sua própria plenitude” (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 57). Maria é o óleo que Jesus, Bom Samaritano, derramou em nossas feridas. O óleo apaga o fogo na pedra e o alimenta na madeira. Assim procede Maria com nosso coração que, quando tornado pedra pelo fogo das paixões, sente que se apaga esse fogo com o nome da Mãe de Deus; e quando arde no amor divino, sente crescer esse ardor no óleo deste mesmo Nome. Ainda se diz: o vosso nome, ó Maria, escrito ou pronunciado, ou somente imaginado, mantém, alenta, restaura, ilumina e alegra.