quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Música "Declaramos" do CD Encontramos o Cristo

Terá Jesus nascido a 25 de dezembro?

Uma das músicas mais ouvidas, hoje em Portugal, é o amor é mágico, dos Expensive Soul. Gostemos ou não da música em causa, esta é uma grande verdade: o amor tem uma grande magia.

O tempo de natal, a preparação (advento), o dia e o tempo de natal, são pautados pela magia do amor. Deus fez-se Emanuel, Deus connosco, tornou-se criancinha. Quem é pai sabe que um filho é uma grande magia.

Todos sabemos que celebramos o nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro. Mas terá ele nascido nessa data?

Desde já podemos adiantar a resposta: não. Jesus Cristo não nasceu a 25 de dezembro. Alguns poderão estar a pensar: mais uma vez a igreja enganou-nos. Não, a Igreja não enganou ninguém a este propósito. A data do 25 de dezembro é uma data simbólica. Então se esta é simbólica, qual o dia exato? Não sabemos (nem o escritor José Rodrigues dos Santos o encontrou). E o mês? Dezembro sabemos que não. É possível saber o ano? Possivelmente 7 a 4 anos antes de Cristo!

Razões para a impossibilidade do nascimento em dezembro. S. Lucas diz que na mesma região em que nasceu Jesus estavam uns pastores que guardavam rebanhos (Lc, 2,8). Como sabemos os invernos na Palestina são rigorosos, há geadas, chuvas intensas, pelo que dificilmente se pode pensar que nesse mês existissem pastores a guardar os rebanhos ao ar livre. Só a partir do mês de Março começam a melhorar as condições climatéricas.

S. Lucas, no primeiro versículo do segundo capítulo diz que por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. Ainda este ano todos nós vivemos este acontecimento: uns de forma rápida, via internet; outros nem tanto: as imprecisões entre inquiridor e inquirido levou a mal-entendidos. Há vinte séculos atrás nem internet, nem inquiridores. Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade (Lc 2,3). Invernos rigorosos terá César Augusto castigado o seu povo? A pé. A cavalo. Com frio. Com neve. Tinham que deslocar às suas próprias cidades. Não é de crer.

Até ao séc. IV a festa do nascimento do Senhor manteve-se incerta, não era um acontecimento importante.

No séc. IV surgiu uma nova corrente, heresia, que dizia que Jesus foi extraordinário, mas não divino. O sacerdote Ário defendia que Jesus não era verdadeiro Deus desde o seu nascimento; só veio a sê-lo graças à sua missão cumprida na terra. Diríamos nós hoje: uma espécie de super-homem!

Esta doutrina agitou a Igreja. A 20 de maio do ano 325, em Niceia, com a participação de 300 bispos de todo o mundo, realizou-se o primeiro concílio universal, no qual foi redigido um CREDO, chamado credo de Niceia: cremos em um só senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado.

Mas como se chegou à datação, marcação, do nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro?

Como sabemos os dias em dezembro vão-se encurtando, o dia 21 de dezembro é o dia mais curto do ano (em que há menos exposição solar). Parece que as trevas, a noite, querem vencer a luz, o sol. Contudo, os dias começam a aumentar paulatinamente a partir do dia 22 de dezembro. Isto significa que o sol vence, é invencível. Há que se fazer uma festa: uma festa que era celebrada a 25 de dezembro, comemorando o nascimento do sol invicto.

Sabemos que Jesus vence as trevas (ressurreição); Jesus é a luz do mundo, o novo sol invicto. Nesse dia os cristãos não devem celebrar o nascimento de um ser inanimado, mas sim o nascimento do redentor, o seu verdadeiro sol.

A igreja primitiva batizou e cristianizou a festa pagã do dia do sol invicto, convertendo-a no dia do Natal de Jesus. Assim, 25 de dezembro tornou-se o Natal cristão.

Esta festa celebrava-se inicialmente em Roma e no ano de 535, o imperador Justiniano decretou como lei imperial a celebração do Natal a 25 de dezembro.
A festa do Natal transformou-se num poderosíssimo meio para confessar e celebrar a verdadeira fé em Jesus, autêntico e verdadeiro Deus desde o dia do seu nascimento.

E se fosse descoberta a data real do nascimento de Jesus? Que deveria fazer a Igreja?

Para aprofundar mais o tema, Revista Bíblica (Franciscanos Capuchinhos), nº 337, pp. 4-11.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Oração Reparadora ao Santíssimo Sacramento

Divino Salvador Jesus, dignai-Vos baixar um olhar de misericórdia sobre Vossos filhos que, reunidos em um mesmo pensamento de fé, reparação e amor, vêm chorar a Vossos pés suas infidelidades e a de seus irmãos, os pobres pecadores. Possamos nós, pelas promessas unânimes e solenes que vamos fazer, tocar o Vosso divino coração e Dele alcançar misericórdia para o mundo infeliz e criminoso e para todos aqueles que não têm a felicidade de Vos amar!

Daqui por diante, sim, todos nós Vô-Lo prometemos:

Do esquecimento e da ingratidão dos homens, …

Nós Vos consolaremos Senhor! (Repetir após cada verso).

Do abandono em que sois deixado no santo tabernáculo, …

Dos crimes dos pecadores, …

Do ódio dos ímpios,…

Das blasfêmias que se proferem contra Vós, …

Das injúrias feitas à Vossa divindade, …

Dos sacrilégios com que se profana o Vosso Sacramento do amor, …

Das imodéstias e irreverências cometidas em Vossa presença adorável, …

Da tibieza do maior número dos Vossos filhos, …

Do desprezo que se faz a Vossos convites cheios de amor, …

Das infidelidades daqueles que se dizem Vossos amigos, …

Do abuso das Vossas graças, …

Das nossas próprias infidelidades, …

Da incompreensível dureza do nosso coração, …

Da nossa longa demora em Vos amar, …

Da nossa frouxidão em Vosso santo serviço, …

Da amarga tristeza em que sois abismado pela perda das almas, …

De o Vosso longo bater às portas do nosso coração, …

Das amargas repulsas de que sois saciado, …

Dos Vossos suspiros de amor, …

Das Vossas lágrimas de amor, …

Do Vosso cativeiro de amor, …

Do Vosso martírio de amor, …

ORAÇÃO


Divino Salvador Jesus, que de Vosso coração deixastes escapar esta queixa dolorosa: “Eu procurei consoladores e não os achei”, dignai-vos aceitar o pequeno tributo das nossas consolações e assistir-nos tão poderosamente com o socorro da Vossa graça que para o futuro, fugindo cada vez mais de tudo o que Vos poderia desagradar, nos mostremos em tudo, por toda a parte e sempre, Vossos filhos, os mais fiéis e devotados. Nós Vo-Lo pedimos por Vós mesmo que, sendo Deus, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais nos séculos dos séculos Amém.



(Orações de todos os tempos da Igreja “Professor Felipe Aquino”)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Por que os jovens abandonam a Igreja?

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Por que os jovens abandonam a Igreja?

Um livro tenta entender as razões

ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.

O livro You Lost Me: Why Young Christians are Leaving the Church... and Rethinking Faith ["Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé"], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.

Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.

1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.

2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.

3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.

Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.

Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.

O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.

Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.

Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.

Kinnaman usa ??três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.

Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.

Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.

Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.

De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.

Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.

A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.

Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.

Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.

Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.

Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.

Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.

Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.

Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.

No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.

Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.

Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

Pe. John Flynn, LC

Retirado do site Cléofas, Professor Felipe Aquino.