terça-feira, 2 de dezembro de 2014
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Curso para pais com José de Nazaré
Vivemos
na “Era do Conhecimento”, um tempo marcado por inúmeras possibilidades
na aquisição de novos conhecimentos. Multiplicam-se, por exemplo, os
cursos de mecânica, pintura, elétrica, digitação etc. Mas alguém já
ouviu falar de um “curso para pai”? Não. Bem, então isso é preocupante,
pois se os filhos aprendem com os pais, com quem estes aprenderão?
Hoje, nós lhe apresentamos o curso que faltava! "Curso para pais", e o professor é José de Nazaré, o pai de Jesus.
Um bom professor adquire crédito não tanto por aquilo que fala, mas por aquilo que faz. Imagine um instrutor de autoescola que lhe explicasse muito bem como funcionam os pedais de freio e embreagem, mas não fosse capaz de usá-los corretamente. É difícil aprender com alguém e acreditar nele se o que “fala” não condiz com o que “faz”; diz “é assim”, mas não vive o que diz. Não se preocupe! Não teremos esse problema com o nosso professor, pois sua vida é uma lição dita sem palavras.
Serão quatro lições. A primeira se chama “Pai Guardião”.
Um “pai guardião” é aquele que, a exemplo de José, descobre que recebeu um tesouro de Deus, uma joia chamada “esposa” e um diamante chamado “Filho”, por isso decide protegê-los com todas as forças do seu coração. Como “pai guardião”, José protege sua esposa primeiramente dele próprio, quando, diante da crise e do conflito, prefere o silêncio à discussão, a paz à guerra. “Saiu sem dizer nada” (cf. Mt 1,20). Protege sua esposa da cultura assassina de uma sociedade que, fundamentada pela certeza das “aparências”, não tem dúvidas na hora de “matar” mãe e/ou filho. “Ele não queria difamá-la publicamente” (cf.Mt 1,19).
Como “pai guardião”, protege-os por meio do trabalho, não deixando faltar nada de tudo aquilo que lhes era necessário, pois sabia que o dinheiro, resultado do honesto trabalho, não poderia estar em outras “mesas” que não fosse a mesa da família. "Ele era um homem justo" (cf. Mt 1,19), protegia sua família nas estradas, com a consciência de quem colocou na bagagem sobriedade e prudência, itens indispensáveis para quem transporta algo tão sagrado: vidas. "José saiu de Nazaré e foi para Belém” (cf. Lc 2,4).
Um “pai guardião” tem a coragem de dizer: “ninguém vai matar meu Filho!”. Mesmo que Sua chegada tenha sido inesperada, mesmo que para alguém Ele tenha sido um erro, mesmo que seja um presidente, um governador ou até mesmo um rei que queira matá-lo (“Herodes” (Mt 2,13)), a resposta do “pai guardião” será sempre a mesma: “Não!”
A segunda lição se chama “Pai Sonhador”.
Deus escolheu revelar a José Seus sonhos. Este, por sua vez, soube fazer a escolha certa: decidiu sonhar os sonhos de Deus. Aqui está o ponto mais importante da segunda lição: ainda que todos tenhamos algum sonho, devemos nos questionar se esse é o sonho do Senhor para nós.
Naturalmente, não fazia parte dos sonhos de José o dia de ficar sabendo que sua “noiva” ficaria grávida antes do casamento, muito menos "grávida de Deus". Não havia o sonho de uma longa jornada até Belém com esposa grávida e cidade lotada, não havia gruta, não havia cocho (manjedoura), não havia o sonho de viver uma fuga com os perigos do deserto ou do exílio (Egito); porém, queridos alunos do “curso para pais”, foi exatamente porque decidiu sonhar os sonhos de Deus, que o simples José, sem deixar de ser simples, tornou-se “o esposo da mãe do Filho de Deus”. Foi naquela pequena e abarrotada Belém que a profecia se cumpriu (Mq 5,1); e foi no Egito que o pai sonhador salvou o “Salvador” (Jo 4,42). Pais sonhadores não são aqueles que vivem com “a cabeça no mundo da lua”, mas os que vivem com “os pés na vontade de Deus”.
A terceira lição se chama “Pai Puro”.
Todos já devem ter visto aquele lírio que está em quase todas as imagens de São José. O lírio simboliza a “pureza” do esposo de Maria, transmitida pelas Escrituras (CIC 1160). José foi o tipo de marido que não teve vergonha de ser puro e fiel, realidade esta ainda possível para todo pai moderno que encontra tempo para “brincar” com o “pequeno-grande Filho de Deus” de um simples “caça ao Tesouro”; e, na busca deste Tesouro perdido, reencontrar a si mesmo, reencontrar o significado mais profundo da palavra “homem” como fez José (RC 27).
A quarta lição se chama “Pai Livre”.
Começamos com perguntas: "1° - Eu seria forte o bastante para, naqueles momentos em que, escutando o que não queria, ficar calado? 2° -Caso Deus me dissesse: “Se você não estiver mais próximo da sua família, agora, você vai perdê-los”, eu teria coragem suficiente para deixar (talvez por um tempo) negócios, empresa ou trabalho? 3° - Quem manda nessa casa sou eu?". Que respostas você daria?
Sobre a primeira pergunta, a resposta do nosso professor José é “sim, eu me calaria” (cf.Mt 1,19). A segunda também é “sim, eu deixaria” (cf. Mt 13,55); e, diferente de muitos homens que têm orgulho de dizer “quem manda aqui sou eu!”, ele disse: “Quem manda aqui é Deus. Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15).
A família espera por pais livres das reações impulsivas, as quais são capazes de machucar aqueles que ama: “Se ficardes revoltados, não pequeis por vossa ira; meditai no vosso leito e calai o coração” (Sl 4,5).
O “vazio afetivo” que um pai ausente pode causar na sua casa nunca seria suficientemente preenchido por tudo aquilo que o seu dinheiro fosse capaz de comprar (liberdade diante dos bens). Por fim, descobre que a verdadeira liberdade que surge não quando se faz “o que eu quero”, mas quando faço o que de Deus quer: “Fica lá até que eu te avise” (Mt 2,13).
Pronto! Concluímos o “curso para pais”. Parabéns! Porém, mais importante e belo do que ter mais um curso no currículo da vida ou um certificado a mais para pendurar na parede, certamente será vê-lo realizar-se pouco a pouco, sentir que as letras deste texto tornaram-se vivas na sua vida, porque, ainda que não saiba quem o ensinou a ser pai, ainda que não saiba se o nome da sua esposa é Maria e se o do seu filho é Jesus (provavelmente não), ou mesmo o sobrenome da sua família, de uma coisa eu sei: o certificado mais importante que você vai receber será o de “Família Feliz”. Seguindo como aluno dedicado as lições do “curso de pais”, você será um homem de honra, um pai-herói e, certamente, um dos sobrenomes que sua família também terá: “Sagrada”.
Hoje, nós lhe apresentamos o curso que faltava! "Curso para pais", e o professor é José de Nazaré, o pai de Jesus.
Um bom professor adquire crédito não tanto por aquilo que fala, mas por aquilo que faz. Imagine um instrutor de autoescola que lhe explicasse muito bem como funcionam os pedais de freio e embreagem, mas não fosse capaz de usá-los corretamente. É difícil aprender com alguém e acreditar nele se o que “fala” não condiz com o que “faz”; diz “é assim”, mas não vive o que diz. Não se preocupe! Não teremos esse problema com o nosso professor, pois sua vida é uma lição dita sem palavras.
Serão quatro lições. A primeira se chama “Pai Guardião”.
Um “pai guardião” é aquele que, a exemplo de José, descobre que recebeu um tesouro de Deus, uma joia chamada “esposa” e um diamante chamado “Filho”, por isso decide protegê-los com todas as forças do seu coração. Como “pai guardião”, José protege sua esposa primeiramente dele próprio, quando, diante da crise e do conflito, prefere o silêncio à discussão, a paz à guerra. “Saiu sem dizer nada” (cf. Mt 1,20). Protege sua esposa da cultura assassina de uma sociedade que, fundamentada pela certeza das “aparências”, não tem dúvidas na hora de “matar” mãe e/ou filho. “Ele não queria difamá-la publicamente” (cf.Mt 1,19).
Como “pai guardião”, protege-os por meio do trabalho, não deixando faltar nada de tudo aquilo que lhes era necessário, pois sabia que o dinheiro, resultado do honesto trabalho, não poderia estar em outras “mesas” que não fosse a mesa da família. "Ele era um homem justo" (cf. Mt 1,19), protegia sua família nas estradas, com a consciência de quem colocou na bagagem sobriedade e prudência, itens indispensáveis para quem transporta algo tão sagrado: vidas. "José saiu de Nazaré e foi para Belém” (cf. Lc 2,4).
Um “pai guardião” tem a coragem de dizer: “ninguém vai matar meu Filho!”. Mesmo que Sua chegada tenha sido inesperada, mesmo que para alguém Ele tenha sido um erro, mesmo que seja um presidente, um governador ou até mesmo um rei que queira matá-lo (“Herodes” (Mt 2,13)), a resposta do “pai guardião” será sempre a mesma: “Não!”
A segunda lição se chama “Pai Sonhador”.
Deus escolheu revelar a José Seus sonhos. Este, por sua vez, soube fazer a escolha certa: decidiu sonhar os sonhos de Deus. Aqui está o ponto mais importante da segunda lição: ainda que todos tenhamos algum sonho, devemos nos questionar se esse é o sonho do Senhor para nós.
Naturalmente, não fazia parte dos sonhos de José o dia de ficar sabendo que sua “noiva” ficaria grávida antes do casamento, muito menos "grávida de Deus". Não havia o sonho de uma longa jornada até Belém com esposa grávida e cidade lotada, não havia gruta, não havia cocho (manjedoura), não havia o sonho de viver uma fuga com os perigos do deserto ou do exílio (Egito); porém, queridos alunos do “curso para pais”, foi exatamente porque decidiu sonhar os sonhos de Deus, que o simples José, sem deixar de ser simples, tornou-se “o esposo da mãe do Filho de Deus”. Foi naquela pequena e abarrotada Belém que a profecia se cumpriu (Mq 5,1); e foi no Egito que o pai sonhador salvou o “Salvador” (Jo 4,42). Pais sonhadores não são aqueles que vivem com “a cabeça no mundo da lua”, mas os que vivem com “os pés na vontade de Deus”.
A terceira lição se chama “Pai Puro”.
Todos já devem ter visto aquele lírio que está em quase todas as imagens de São José. O lírio simboliza a “pureza” do esposo de Maria, transmitida pelas Escrituras (CIC 1160). José foi o tipo de marido que não teve vergonha de ser puro e fiel, realidade esta ainda possível para todo pai moderno que encontra tempo para “brincar” com o “pequeno-grande Filho de Deus” de um simples “caça ao Tesouro”; e, na busca deste Tesouro perdido, reencontrar a si mesmo, reencontrar o significado mais profundo da palavra “homem” como fez José (RC 27).
A quarta lição se chama “Pai Livre”.
Começamos com perguntas: "1° - Eu seria forte o bastante para, naqueles momentos em que, escutando o que não queria, ficar calado? 2° -Caso Deus me dissesse: “Se você não estiver mais próximo da sua família, agora, você vai perdê-los”, eu teria coragem suficiente para deixar (talvez por um tempo) negócios, empresa ou trabalho? 3° - Quem manda nessa casa sou eu?". Que respostas você daria?
Sobre a primeira pergunta, a resposta do nosso professor José é “sim, eu me calaria” (cf.Mt 1,19). A segunda também é “sim, eu deixaria” (cf. Mt 13,55); e, diferente de muitos homens que têm orgulho de dizer “quem manda aqui sou eu!”, ele disse: “Quem manda aqui é Deus. Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24,15).
A família espera por pais livres das reações impulsivas, as quais são capazes de machucar aqueles que ama: “Se ficardes revoltados, não pequeis por vossa ira; meditai no vosso leito e calai o coração” (Sl 4,5).
O “vazio afetivo” que um pai ausente pode causar na sua casa nunca seria suficientemente preenchido por tudo aquilo que o seu dinheiro fosse capaz de comprar (liberdade diante dos bens). Por fim, descobre que a verdadeira liberdade que surge não quando se faz “o que eu quero”, mas quando faço o que de Deus quer: “Fica lá até que eu te avise” (Mt 2,13).
Pronto! Concluímos o “curso para pais”. Parabéns! Porém, mais importante e belo do que ter mais um curso no currículo da vida ou um certificado a mais para pendurar na parede, certamente será vê-lo realizar-se pouco a pouco, sentir que as letras deste texto tornaram-se vivas na sua vida, porque, ainda que não saiba quem o ensinou a ser pai, ainda que não saiba se o nome da sua esposa é Maria e se o do seu filho é Jesus (provavelmente não), ou mesmo o sobrenome da sua família, de uma coisa eu sei: o certificado mais importante que você vai receber será o de “Família Feliz”. Seguindo como aluno dedicado as lições do “curso de pais”, você será um homem de honra, um pai-herói e, certamente, um dos sobrenomes que sua família também terá: “Sagrada”.
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